Nada esta aqui
Nada esta presente
Recuando na palavra
No orvalho que se sente
Na alma escravizada
Nem lágrimas caídas dos céus
Nos fazem recuar
Marchando para o abismo
Tomando o egoísmo como nosso
Amor que te esqueceste
Amor Quem te perdeu
Desististe só porque não venceste
Marcando nossa morada
Sinto a alma a partir
Sinto a terra a chorar
O passado que me abandona
As palavras que o vento esqueceu
Toma conta do meu futuro agora
Toma conta do meu passado
Quando poderes
Quando fores capaz
Quando talvez me amares
Sonhos e noites
Por cumprir sem dormir
Aurora que vem longe
Mãos talhadas
Lágrimas derramadas
Tenho espinhos ancorados
Sede de viver
Tenho amor por nascer
Tudo são perigos
Escarpas montanhas sem fim
Novo chão para andar
Quando a tristeza se torna rainha
Nada perdura
Nas lágrimas que se verte por entre sorrisos
Vou escutar meus demónios
Esculpir um novo nome
Me tornar um fantasma
Pela brisa renascer
Vou-me esquecer dos céus
Percorrer o inferno
Nas nuvens do sonho
Pintando as mãos em uma parede sem fim
Nos Olhos que declaram um amor por ti
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