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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

sanguinárias inocentes

Até quando se vai ouvir as vozes do lamento
Até quando aquele que tem poder avassalara seu semelhante
Chega de regozijo na iniquidade
Em tudo que e mau direccionado
O domínio do homem justo e recto em seus passos
Transformais flores em armas
Chega de sanguinárias inocentes
Em frentes de batalhas dominadas pelo ódio
Destruição de vidas e de almas
De jazigos prefabricados em jardins de falecimento
Os olhos não se abrem
Não olham em todas as direcções
Hipócritas da morte
Sanguessugas de inocentes
Que vossos lamentos sejam ainda maiores
Do que aqueles que não deixais dirigir seus passos
Sociedade de mentira
Com pátios largos e cheios do que é mau
Com ruas de intenções camufladas
Mas com muros altos para que os olhos não alcancem a podridão de vossas almas
Gritais ao mundo paz, no entanto fazeis guerras
Gritais ao justo liberdade e tirais o livre arbítrio
Matais nossos descendentes em proveito do vosso crescimento
Assassinos de almas justas
Sugadores de amor
Pregais o amor no entanto não sabeis amar
Não viveis nem deixais viver
Não entrais nem deixais entrar
Mudai vossas vestes
Limpai vossas condutas
Renascei na verdade
Fazei o que é justo para receberdes o que e justo
Pagai com amor para serdes pago com amor
Pensai em vossos semelhantes para também serem relembrados
Não julgueis para não serdes julgados
Parai de viver mortos
E renascei em verdade
Untai vossos corpos com sabedoria justa
Tornem-nos novamente humanos
Pois o único valor que temos e esse
Não o que possuímos o cargo que ocupamos
Mas sim sermos humanos
Com capacidade de chorar
De reagir ao mínimo toque
Com capacidade de amar
Com sabedoria para construir
Crescer a seu tempo e modificar.

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