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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pode ser até de cabeça erguida


Vou-me entregar a uma razão
Pode ser até de cabeça erguida
Vou abraçar aquela sensação
De ter a poeira de uma vida
A ser vivida

Vou procurar aquela casa
Que não tem pintada
As cores de amargurada
Estar nesse mesmo jardim
Onde avisto esse mundo sem fim

Vou deixar ficar em tua casa
Como alma quase imortal
E nos dias da verdade
Que não são iguais aos do passado

Vou-me erguer em corpo
Erguendo a cabeça
Na lembrança que recorto
Nesse amor que não há quem vença

Ter poeira de uma vida
Sensação que foi vivida
Na mais alta emoção
Ter pensamento sem razão
Loucura no coração
E no gosto, aquele paladar
E no olhar o brilho
De quem sabe amar
E se por alguma razão
Em minha cabeça erguida
Meus olhos teimarem
Em fechar
Eu serei aquele sabor
Aquele paladar
Que vive naquele lugar
Perto de ti perto de nós
Procurando aquela casa
Onde há janelas por abrir
Num mundo que espera por mim
De perfeito coração
De cabeça bem erguida
Seguindo aquela sensação
Tão louca de amar

4 comentários:

Anónimo disse...

Ahhh que o menino hoje está inspiradíssimo [:)]
Eitaa que agora fiquei na dúvida em qual dos poemas eleger o meu favorito!

Beijocas em seu coração...
*verinha*

Daniel C.da Silva disse...

Gostei muito do desejo/loucura/necessidade em forma poética :) Ter poeira de uma vida pode apenas ser a acumulação de momentos pouco vividos com a emoção total que queremos "na mais alta emoção"!

Um abraço amigo :)

Daniel C.da Silva disse...

P.S. - adorei a foto e ficou bem a ilustrar o texto poemático :)

Cláudia M. disse...

Lindo*.*