Por vezes não basta ser eu
As vezes tenho que ser vários eus
Sem poder ser eu
Outras vezes deixo de ser eu para ser alguém
Quando durmo não sei quem sou
Quando acordo, duvido de quem sou
Durante o dia tento ser quem sou
Para a noite deixar de ser quem sou
Afinal quem sou?
Varias vertentes de um eu
Numa busca constante de mim próprio
As vezes um eu de sorte
As vezes um vazio
As vezes cheio
Um eu de tantos
As vezes com alma
Outras sem coração
Um eu de vozes
Escutando cada pensamento
Sou eu quem me persegue
Eu quem a si próprio se prende
Por ter medo do meu próprio eu
Próprio ou improprio
Tanto me faz
Desde que eu a minha própria porta bata
Parando a longa caminhada
Que a muito iniciei
Um eu ainda sem respostas
Apenas fragmentos
Ainda pouco interpretados
Quem somos afinal?
No eu de tantos
Um jardim sem esperança
A esperança de um jardim
Um dia de ontem
Um dia de hoje
Um dia de amanha
Em que o eu seja eu
Entre tantos eus
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