A terra desliza em minha face
Na poeira que gira em meu corpo
Na chegada das aves
No retorno a mim
A fé rasurada
Da cruz invertida
Falsa prontidão
No sangue que meu corpo jorra
A velha cadeira que de nada serve
Sempre vazia ,apenas me enche a memoria
De como era confortável nela sentar
Avistando o horizonte puro no olhar
Minha preces de joelhos vergados
Os pés molhados
E as roupas transpiradas
No estigma de ser eu
Aquém de ninguém
Semblante errante
Sombra do mundo
Que se ergue em mim
Como o ultimo dos suspiros
No principio do fim
Secretamente acorrentado em mim
Só em mim
O segredo do doce veneno
Dessa velha cadeira que não me deixa descansar
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