ANIMUS ESCRITA
A lágrima distinta a tal porta cai Como uma campainha que inunda Nossa porta por abrir
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sábado, 11 de junho de 2016
assassinato
Por agora
faz chuva la fora, apenas chuva onde o sol se esconde entre as palavras dos outros.
Pequenas gotas de água trazendo lembranças de um princípio sem fim até ao sol
voltar a brilhar. Só queria poder lembrar porque todos se esqueceram que são
capazes de amar fazer a chuva passar, acalmar o mar, abrir o horizonte sobre o
mar abrir a janela, e respirar o ar quem em ti tentam guardar saltar pular de
telhado em telhado quebrar o céu gelado, tocar a pele na pele sobre a janela
que me faz viver, no desejo que quer querer saber se a flor é flor ou pétala em
flor da pele, um sinal do juízo final, uma porta aberta mais um ferido; assassinato
suicídio, amor bandido de um dia despedido da saudade fria para recostar, camas
divididas almas perdidas, em sentimentos amordaçados em que chuva volta a incomodar.
Por agora é vazio la fora, entre os cães que tudo devoram, entre fantasmas na
estrada, espero que alguém me liberte o coração no meu cansaço quando meu corpo
tombar, e ninguém seja deixado para traz neste sonho de acordar agarrando a mão
da vida dos olhos quebrados. Quero amanhecer na alvorada dizer bom dia a canalhada,
dizer adeus a escuridão como amigo e descansar os sonhos no som dos silêncios
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Até ao fim dos Tempos
A sempre uma estrela longínqua que ilumina
Uma alma que se vende a vida
Uma morte que amanhece
Um corpo que adoece
Nestes pântanos desérticos
De homens vazios
Enlutados nas trevas
Com sede de sangue
Catastróficos se tornam os atos
Entre o desespero dos inocentes
Esquecidos vendidos como escravos
Ao mundo desumano
Se erguem religiões
Políticos sem soluções
Em guerras frias
De longa duração
E o ser humano se torna sem emoções
Sem sensações
Maquina de diversões
De um próximo sem clemencia
Doam vidas a morte
Vidas jogadas a sorte
Jogam almas ao inferno
Na sua sede de poder
Até ao fim do tempo
Uma alma que se vende a vida
Uma morte que amanhece
Um corpo que adoece
Nestes pântanos desérticos
De homens vazios
Enlutados nas trevas
Com sede de sangue
Catastróficos se tornam os atos
Entre o desespero dos inocentes
Esquecidos vendidos como escravos
Ao mundo desumano
Se erguem religiões
Políticos sem soluções
Em guerras frias
De longa duração
E o ser humano se torna sem emoções
Sem sensações
Maquina de diversões
De um próximo sem clemencia
Doam vidas a morte
Vidas jogadas a sorte
Jogam almas ao inferno
Na sua sede de poder
Até ao fim do tempo
domingo, 23 de novembro de 2014
Soltando o dia vestido
Não sei que horas são no parapeito do tempo
Na pulsação do coração
Entre o sangue que pulsa
E o tal julgamento final
Não sei o rumo
Do barco solto entre o presidio
Chora sem chorar
Por um olhar embaciado em qualquer janela
Atingindo o inimigo no limite do perigo
Soltando o dia vestido
Na saudade que quer ressuscitar
Na estrada que me leva a qualquer lugar
Não da para tentar
Entrar na porta já a fechar
No ranger da madeira do tempo
Que distingue um olhar
Não da para acenar
Mas chamem-me
Para la do fumo do cigarro
Que pretendo acabar
Não dá para abrandar o coração
Acorrentar a respiração
E soltar o tumulto
Da corrente da alma qual vulto
E suspirar, suspirar
Que o amanha se erga mais novo
Pela mão da velhice
Do tempo sem tempo
Na pulsação do coração
Entre o sangue que pulsa
E o tal julgamento final
Não sei o rumo
Do barco solto entre o presidio
Chora sem chorar
Por um olhar embaciado em qualquer janela
Atingindo o inimigo no limite do perigo
Soltando o dia vestido
Na saudade que quer ressuscitar
Na estrada que me leva a qualquer lugar
Não da para tentar
Entrar na porta já a fechar
No ranger da madeira do tempo
Que distingue um olhar
Não da para acenar
Mas chamem-me
Para la do fumo do cigarro
Que pretendo acabar
Não dá para abrandar o coração
Acorrentar a respiração
E soltar o tumulto
Da corrente da alma qual vulto
E suspirar, suspirar
Que o amanha se erga mais novo
Pela mão da velhice
Do tempo sem tempo
Estrela caída
Estrela caída gomo perfurando em meu peito
Leito da nascença no presente em morte
Homem caído entre passos de gigantes
Aguas cintilantes inundando o profundo do ser
Alma eterna em corpo desvenerado
Agarrado pela ponta dos dedos a vida temporária
Sedente de um beijo ou abraço verdadeiramente vivo
Pelo o eterno do homem nascido da mulher
E nesse recanto sem vida
Onde a morte acena ao poeta
Nasce o poema, o poema vivo
O poema saudade e a verdade de um ser
Nasce o querer nas palavras soltas
Entre os ventos folheados
De um peito aberto
De um poeta discreto pelo dia que termina
Nascem flores
Cantam amores
Nas vozes aceleradas
Apregoadas como liberdade para a alma
Agua viva
Na sede do poeta
Poema despido ladeado nas garras efémeras do Adeus
Mundo cruel despido de fel
Sem norte ao sul
Se ergam as muralhas caídas
E a tinta se jorre nas paredes do coração
Porque nasceu mais um poema
Nas entranhas da terra
E morreu mais um poeta
Nas proezas do inferno teatral do sistema aleatório
Na face que jorra por entre o sorriso
A ultima das lágrimas
Lançada ao deserto em flor
Numa ultima tentativa de ver um rebento nascer
Leito da nascença no presente em morte
Homem caído entre passos de gigantes
Aguas cintilantes inundando o profundo do ser
Alma eterna em corpo desvenerado
Agarrado pela ponta dos dedos a vida temporária
Sedente de um beijo ou abraço verdadeiramente vivo
Pelo o eterno do homem nascido da mulher
E nesse recanto sem vida
Onde a morte acena ao poeta
Nasce o poema, o poema vivo
O poema saudade e a verdade de um ser
Nasce o querer nas palavras soltas
Entre os ventos folheados
De um peito aberto
De um poeta discreto pelo dia que termina
Nascem flores
Cantam amores
Nas vozes aceleradas
Apregoadas como liberdade para a alma
Agua viva
Na sede do poeta
Poema despido ladeado nas garras efémeras do Adeus
Mundo cruel despido de fel
Sem norte ao sul
Se ergam as muralhas caídas
E a tinta se jorre nas paredes do coração
Porque nasceu mais um poema
Nas entranhas da terra
E morreu mais um poeta
Nas proezas do inferno teatral do sistema aleatório
Na face que jorra por entre o sorriso
A ultima das lágrimas
Lançada ao deserto em flor
Numa ultima tentativa de ver um rebento nascer
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Poema que escrevia
Cheguei tardio ao coração que bate no peito
Cheguei tardio a dor que ai ardia
Adormecera na tarde em que teu corpo padecera
Amanhecera sem a estrela que na noite partira
Entardecia na ternura da bravura
Despido nessa hora mais longa
Sobre o beijo que me prometia
E sofria… Sofria na loucura dessa amargura
Cheguei tarde, tardio na noite que já amanhecia
No vento quem em pedaços partira
Cheguei tarde, tardio ao suspiro em teu peito
E meu poema sofria, sofria
Na mão que te tremia por esse sopro não alcançar
Coração que batia... Batia na esperança de suspirar
Os silêncios intensos que nos procederam
Sem ter a certeza se havia vida no amor ou amor na vida
Tardio, cheguei tarde ao céu aberto
Ao mar deserto pela neblina do incerto
Vesti de preto o corpo tardio
Neguei o medo que me vencia
Entre a face que em ti existia
E o corpo que em mim envelhecia
Cheguei tarde, tardio a vida que existia
Tardio, cheguei tarde ao poema que escrevia
Filipe Assunção
Cheguei tardio a dor que ai ardia
Adormecera na tarde em que teu corpo padecera
Amanhecera sem a estrela que na noite partira
Entardecia na ternura da bravura
Despido nessa hora mais longa
Sobre o beijo que me prometia
E sofria… Sofria na loucura dessa amargura
Cheguei tarde, tardio na noite que já amanhecia
No vento quem em pedaços partira
Cheguei tarde, tardio ao suspiro em teu peito
E meu poema sofria, sofria
Na mão que te tremia por esse sopro não alcançar
Coração que batia... Batia na esperança de suspirar
Os silêncios intensos que nos procederam
Sem ter a certeza se havia vida no amor ou amor na vida
Tardio, cheguei tarde ao céu aberto
Ao mar deserto pela neblina do incerto
Vesti de preto o corpo tardio
Neguei o medo que me vencia
Entre a face que em ti existia
E o corpo que em mim envelhecia
Cheguei tarde, tardio a vida que existia
Tardio, cheguei tarde ao poema que escrevia
Filipe Assunção
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Adeus ao Poeta
Adeus poema
Frutos enraizados em meu peito
Adeus poeta
De ventre rasgado
Espinho cravado em minha garganta
Maldita sejas tu alma rastejante
Verme inconsciente
Dos frutos podres podados
Em solo casto e puro
Entre as águas do consolo
Refrescantes ventos
Na orla que seguro
Expoente máximo sem mim
Dormitório ao relento da paz perdida
Sem bussola ou direcção
Morre poeta em tua condição
Morre poema em tua tinta gasta
Deixa o teu vazio
A poesia preencher
Como um livro em branco
Para o poeta escrever
Mas agora morre em mim
Morre poeta
Morre tombando meu corpo
nas asas abertas de meu querubim
No adeus do poema
Frutos enraizados em meu peito
Adeus poeta
De ventre rasgado
Espinho cravado em minha garganta
Maldita sejas tu alma rastejante
Verme inconsciente
Dos frutos podres podados
Em solo casto e puro
Entre as águas do consolo
Refrescantes ventos
Na orla que seguro
Expoente máximo sem mim
Dormitório ao relento da paz perdida
Sem bussola ou direcção
Morre poeta em tua condição
Morre poema em tua tinta gasta
Deixa o teu vazio
A poesia preencher
Como um livro em branco
Para o poeta escrever
Mas agora morre em mim
Morre poeta
Morre tombando meu corpo
nas asas abertas de meu querubim
No adeus do poema
Serás tu um Deus?
Não olharei mais para o lado
Para o lado próximo
Quem avista minha frente?
O relento de todos
A sombra que retiram de mim
Entre os azulejos queimados
Que se agarram em meu corpo
Para que? Para quem?
Afinal devo entregar a verdade
Quando apenas apreciam a mentira
E as flores belas que murcham
Ao primeiro raiar do sol
Oprimindo cada movimento
Cada palavra sofrida
Em lagrimas esquecida
Aficando minha alma sempre por eles vencida
Surge a toalha
Rasgada no chão
Pelo suor interior
De meu gasto corpo
Rasgando os sonhos
Golpeando o amor
No vazio
Que não é meu
No vazio que me obrigam a viver
Há alma de pouca sorte
Porque te insurges aos menores
Em nome da humanidade extinta
Em nome de um Deus real
Mas esquecido, sempre esquecido
Há alma arrependida
Sem contentamento
Que alimenta os demais
Do que reclamas alma infiel?
Falaremos os dois!
Apenas os dois
Corpo e alma
Alma e corpo
Porque te iludes?
Nos desejos que não são teus
Nas certezas que não são tuas
Serás tu um Deus?
Para não largares os já de si largados
Cegos são os que que vêem
Coxos são os que andam
E nada nem ninguém
Pode mudar isso
Blasfémia, blasfémia
Essa tua vontade de ser o que não se pode ser
Neste mundo para morrer
Amando quem não sabe amar
Pecado só o teu
Pois tu podes ver
O que quem vê
Sem ver
Ao redor destrói
Lamentos e rebentos
Quem constrói uma morada solida
Em nome digno
Há, há trémulos parasitas
Que nos sejam perdoadas as ofensas
Por eles cometidas
Pois eles não sabem o que fazem
Nem nunca saberão
Nem que o horizonte fosse mais próximo
Ou perdoai pois eles sabem o que fazem
Na certeza de não saber que são
E com essa certeza
Maldita sejas tu alma impura
Para este mundo cheio de pureza
´
Para o lado próximo
Quem avista minha frente?
O relento de todos
A sombra que retiram de mim
Entre os azulejos queimados
Que se agarram em meu corpo
Para que? Para quem?
Afinal devo entregar a verdade
Quando apenas apreciam a mentira
E as flores belas que murcham
Ao primeiro raiar do sol
Oprimindo cada movimento
Cada palavra sofrida
Em lagrimas esquecida
Aficando minha alma sempre por eles vencida
Surge a toalha
Rasgada no chão
Pelo suor interior
De meu gasto corpo
Rasgando os sonhos
Golpeando o amor
No vazio
Que não é meu
No vazio que me obrigam a viver
Há alma de pouca sorte
Porque te insurges aos menores
Em nome da humanidade extinta
Em nome de um Deus real
Mas esquecido, sempre esquecido
Há alma arrependida
Sem contentamento
Que alimenta os demais
Do que reclamas alma infiel?
Falaremos os dois!
Apenas os dois
Corpo e alma
Alma e corpo
Porque te iludes?
Nos desejos que não são teus
Nas certezas que não são tuas
Serás tu um Deus?
Para não largares os já de si largados
Cegos são os que que vêem
Coxos são os que andam
E nada nem ninguém
Pode mudar isso
Blasfémia, blasfémia
Essa tua vontade de ser o que não se pode ser
Neste mundo para morrer
Amando quem não sabe amar
Pecado só o teu
Pois tu podes ver
O que quem vê
Sem ver
Ao redor destrói
Lamentos e rebentos
Quem constrói uma morada solida
Em nome digno
Há, há trémulos parasitas
Que nos sejam perdoadas as ofensas
Por eles cometidas
Pois eles não sabem o que fazem
Nem nunca saberão
Nem que o horizonte fosse mais próximo
Ou perdoai pois eles sabem o que fazem
Na certeza de não saber que são
E com essa certeza
Maldita sejas tu alma impura
Para este mundo cheio de pureza
´
sexta-feira, 28 de março de 2014
E o cigarro se apaga
Acendo mais um cigarro
De um maço ferido
Inalo o fumo que arruína o corpo
E me enaltece a alma
Nas noites húmida
Na rua escura
De bolsos vazios
Escuto os silêncios barulhentos
As janelas a fechar
Portas a ranger
Nos salpicos de súplicas
Na tosse dos solitários
As batidas fortes
Entre bebidas erguidas
E sorrisos embriagados
De abraços reais apenas pelo momento
Esvazio a alma de tudo e de todos
Contemplando a noite
E na menina do olho
Na retina do leito avisto o rio
Rio Douro
Aquele que viu nascer o menino
E o homem poeta
Invicta esta cidade
Que me aquece a alma
Entre ruas estritas
De gentes caricatas
E vazios genuínos
De segredos bem escondidos
Faço deste meu lugar
Este que me viu nascer
Meu escudo
Minha espada de prontidão
Erguendo as muralhas da angústia
Numa nostalgia lacrimal
Que me torna lírico
Poeta sentido
Neste poema que me viu crescer
E o cigarro se apaga
Adiando mais uma vez
A esperança de te ver sorrir
De um maço ferido
Inalo o fumo que arruína o corpo
E me enaltece a alma
Nas noites húmida
Na rua escura
De bolsos vazios
Escuto os silêncios barulhentos
As janelas a fechar
Portas a ranger
Nos salpicos de súplicas
Na tosse dos solitários
As batidas fortes
Entre bebidas erguidas
E sorrisos embriagados
De abraços reais apenas pelo momento
Esvazio a alma de tudo e de todos
Contemplando a noite
E na menina do olho
Na retina do leito avisto o rio
Rio Douro
Aquele que viu nascer o menino
E o homem poeta
Invicta esta cidade
Que me aquece a alma
Entre ruas estritas
De gentes caricatas
E vazios genuínos
De segredos bem escondidos
Faço deste meu lugar
Este que me viu nascer
Meu escudo
Minha espada de prontidão
Erguendo as muralhas da angústia
Numa nostalgia lacrimal
Que me torna lírico
Poeta sentido
Neste poema que me viu crescer
E o cigarro se apaga
Adiando mais uma vez
A esperança de te ver sorrir
Beijando o salgado
Todos escutamos as vozes secretas do adeus
As palavras secas do deserto
Os ventos que alteiam as ondas do mar
E os tempos cinzentos
Construímos altares nas dores invisíveis
E rasgamos o peito de aflição
Impacientes, naufraga-mos cada nau em nós
Uma por uma
Colhemos das flores a afeição
Insurgimos em mil e uma cores
Entre o ontem esquecido
E o amanha perdido
Beijando o salgado
Relento
Do imprestável mar
Aquém de quem apenas quer amar
As palavras secas do deserto
Os ventos que alteiam as ondas do mar
E os tempos cinzentos
Construímos altares nas dores invisíveis
E rasgamos o peito de aflição
Impacientes, naufraga-mos cada nau em nós
Uma por uma
Colhemos das flores a afeição
Insurgimos em mil e uma cores
Entre o ontem esquecido
E o amanha perdido
Beijando o salgado
Relento
Do imprestável mar
Aquém de quem apenas quer amar
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