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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Alma Livre


A liberdade foge como diabo da cruz


Saltando de fantasma em fantasma

Caindo na subida

Ser pensador não e um dom

Mas sim uma maldição

Queria não pensar

Poder subir a lua e quem sabe um dia voltar

Queria um sonho só meu e quem sabe poder partilhar

Entre as asas que perdi a nascença

Não pretendo nem gritos nem luta

Por um tempo só

Por um tempo perdido

Quero ser enterrado de pé

No fim da vida toda de joelhos

E eu já amei

E eu já beijei um dia alguém

E neste refugio da minha solidão

Recordo todos esses Pequenos segundos de felicidade

E é nessa força que transformo a alma

Dançando com o vento

Em pura comunhão com a natureza e a vida

Minha alma sai de meu corpo

Se torna livre

Mestre das florestas

Dona do amor

Senhora da terra sem fim

E cada passo é novo e libertador

Cada palavra uma cantiga

Cada historia uma lenda para sonhar

E que o agora não seja o passado

Quero encontrar aquele brilho no olhar

Cristalino como a água pura

Quero amar sem saber porque

Amar só porque há amor

Sem motivo

Sem pensamento

Não tem que haver uma razão para tudo

Nem deixar que a razão condicione o que devo fazer livremente

E que os demónios se levantem agora contra mim

Que me persigam pelo mundo

O mundo da luz onde a gloria e ser humilde

Beijar a terra e atingir o êxtase da alma

Trepar a árvore sem fim da vida

E tenho palavras para soltar

Não criticas por críticas

Nem olho por olho

Palavras livres da corrupção do próprio pensamento

E os dias são alegres logo pela manha

Com o acordar do cântico dos pássaros

O simples som de agua a correr

Um sorriso de uma criança

Uma oportunidade para recomeçar

Agora peço silêncio

Peço luz para a humanidade

Peço que a humanidade volte a ser humana

E quando morrer serei enterrado de pé porque vivi toda minha existência de joelhos.

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