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sábado, 18 de setembro de 2010

Casa Vazia

Minha querida agora que estas de partida
Nada sou mais que uma hora parada
Na realização dos meus sonhos
Uma casa vazia
Com suas portas abertas
Uma janela quebrada
Que não se move ao sabor do vento
Eu que voltei na data marcada
Recordação para relembrar a despedida
Eu estarei lá
Na derradeira jornada
Em que levanto minhas velas
Para um último sopro
Serei sempre fiel
Mas nunca saberás
Guardarei esse amor
Mas tu nunca o encontraras
E se uma vez fui teu porto
Não poderei mais ser
Estrelas estão caindo Sem sua luz
Falta pedaços da minha vida que tenho que encontrar
Que preciso percorrer
Mergulhar no profundo azul do mar
Entre tantos sentimentos ancorados
Na despedida
Nas ondas que acalmam
Os dias da saudade
Na loucura
De quem dorme no chão
Só para inculcar essas pegadas
Que nunca mais irei escutar.
E sem surpresas
De uma vida calma
Entrego meu coração
Ao infinito
E sem surpresas
Agarro o topo
E sem pertencer aqui
Agarro a primeira noite que se aproxima
Abraçando a meninice da lua
Grito no sufoco do silêncio
Tentando entender porque
O sol não quis em minha face brilhar
Abro cada garrafa
Saltando de bar em bar
Esta noite quero cantar
Encontrar um sonho de alguém
Que comigo possa partilhar
Dançar ate ao dia raiar
O vazio na multidão
Dançando contra-mão
Esperando aplausos
O salão vazio
Escutando todo seu silencio
Os claustros feitos no céu
Em forma de anjos
Querubins e suas asas
A dança já começou
Mas toda a gente quer ser a primeira
Que alguém me permita ser o ultimo
Pois vim para ficar
Neste salão toda a gente procura seu lugar
Mas não alguém que realmente se queira sentar
Chego só em companhia
Trago alguma palavra
Perdida em meu corpo
Chego sem ninguém dar por nada
Como a noite calada
A mulher de preto chega assombrada
E começa o festim
O homem que vendeu o mundo embriagando
Mentes fracas
Lobos ferozes em pele de cordeiros
E a dança continua
Ao som de um Serafim
Que desceu a terra
Sem nunca mais aos céus voltar
Afastem as cortinas
Abram as entradas
Os sinos anunciam
A chegada do rei sem nome
casa cheia
Vazia de amor
Mas não há lembranças
Nem nada de novo para lembrar
Há flores a perfumar este jardim
Fontes de água
Brotando pequenas luzes
Entre as almas
E tudo esta perto
E o dom do amor
Acaba de chegar
A mulher de negro se alegra
O homem que vendeu o mundo sai correndo
E a valsa é escutada
E o anúncio e feito
Fica que vem por amor
E as estrelas descem
E os céus se abrem
Reclamo meu amor
Fica perto para não te esquecer
Dá-me a mão
E juntos ver
Um novo dia a crescer
Em suas entranhas
Que a terra nos abençoou

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