Tenho as portas em mim fechadas
Nas esperança que sejam abertas
Tenho lágrimas abandonadas
Em paragens incertas
E se o dia é de sol
Porque não chegas
Pela primavera
Desflorando a vida
Tenho a dor de quem já nada espera
Tocando cada face que se esconde
Não olho o espelho da dor
Que me reflecte em cada quimera
Fluir um amor
Deixar sentir
Que nem tudo é dor
Deixar abrir
Entrar sair
Reflectir o que foi errado
Sem destino ancorar caminhos
Sólidos para quem sabe ter que voltar
O mundo e redondo
No amor que é infinito
E tu és rosa
Entre uma e outra
Pétala que caia
No solo que te acolhe
Na chuva que te alimenta
E eu te vejo crescer ao vento
Nessa tua pureza
Em delicadeza
Te deito em meu colo
Acaridando tudo que me rodeia
Na esperança de uma gargalhada tua
Construindo uma morada em mim tua
Pedra por pedra
Polindo cada uma
Cuidando dos alicerces
Para que ela nunca se destrua
Ser menino
E no chão rebolar
Deitar no chão
Em uma noite de luar
Viver a cada amanhecer
Ser, querer
Existir na vida que persiste
Amar e amar
Aqui em qualquer lugar
Que nunca a voz se ouse calar
Tu sabes e eu te digo
Eu te estou amar
Sou aquele não eterno
Que se acerca de ti
Que te diz a verdade
Em palavras sinceras
Sou aquele inverno
Que te aquece
Ao calor da paixão
Sou quem amanhece
E te tira da solidão
Sem exigir uma razão
Querendo apenas
Ser em ti
O que sou em mim
Sendo quem sou
Simples por te ter
Alegre por viver
Revelando todo meu ser
Toda em ti minha razão de viver
Na falta que em mim fazes
Na saudades que me deixas
A cada tua partida
Perfumando meu corpo
Eu te pinto nas cores
Que te sei ver
Sou coração
Que bate forte
3 comentários:
Hola Filipe,
Lindos os teus versos... embora tristes.
Eu também tenho lágrimas abandonadas em paragens incertas que teimam em cair por mais que me esforce por evitá-las... já chegará a Primavera para ver o sol entrar...
Um beijo.
passei para visitá-lo
como sempre boas poesias
abraços
Se precisar, empresto cores a ti
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