Sem esperança
Na própria esperança
O soluço tira o ar
Se ao querer respirar
A súplica se solta
A voz que clama
A paz que se esconde
O regozijo do poder
Uma alma na morte
no amor comprada
Atiro mais uma linha
Onde tinta, risca meu
nome
Ao acordar da sesta
Chega a desilusão
Em lamento
Ao negro do luto
Não me pranteio ao
corpo
Nele eu nem existo
Ai da alma!
Negra alma que tento
expulsar
O velho medo da
incerteza
De assumir a
inexperiência
onde sou garrafa nunca
vazia
Que se enche sem
esvaziar
O perfume é igual
No pecado já pesado
Agora sim
Nesse teu não
Que agora me retalha
Diz me a mim
Se isto é apenas um
sim de não
Para que o tempo me
confunda
Entre o leve vento
que me atrapalha
Quem me descalça
Sendo meus pés, meus
braços?
Quem se agarra em meu
peito?
Nas horas contadas
E me diz baixinho
Sou eu de ti
Num lugar após outro
carregado pelas asas de uma frágil borboleta .
carregado pelas asas de uma frágil borboleta .
2 comentários:
Sempre bom te ler, poeta amigo ! Beijo.
Lindo!
Saudades de passar aqui e te ler...
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