Tudo é
pecado sem retribuir o desejo, escarneço esse teu lado carnal, tamanha
ousadia em querer existir, desnudo esse corpo impuro como uma vitoria,
nobre vitoria!
Culpados de tamanha inglória, somos todos nós
viajantes neste barco, arca de Noé mumificada por pensamentos
ultrapassados em sujidades, gastos em lágrimas de papel, posso ser eu,
podes ser tu na janela embaciada do tempo! Os últimos dos
últimos a fechar tamanha porta, que as aguas se separem Entre-Os-Rios
das memórias, uma gota para cada um como lembrança, neste basto oceano
quem manda senão as baleias? As árvores crescem robustas abrigam as
almas silenciadas pelo pecado, memorável se torna o homem em passos
lentos, de um labirinto sem fim!
Meu corpo se desnuda, suando sem
fim, lamentando essa aragem que me entra sem avisar… Estou de partida e
não tenciono cá voltar,eu sou quem me consome
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