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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sou poema

Sou poema saudade
Entre a mentira e a verdade
Sou ilusão da realidade
Ou realidade da ilusão

Sou poema verdade
Na caneta que escreve a lealdade
Tinta da caridade
Onde me recosto a saudade

Sou poema vagabundo
Impuro do mundo
Alento do desalento
Irradiado pelo escuro

Sou poema vivo
De corpo sentido
Que me dou a cada ouvido
Uma nova voz

Sou poema
De calibre vertido
Sem pensamento
Ou sentido

Sou poema de amor
Que fala do sonho
E da dor
Que a alma
Transporta em flor

Sou poema vazio
Apenas da tinta sem papiro
Querendo apenas sonhar
E o céu rasgar

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