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sábado, 3 de agosto de 2013

Sem nada possuir

Eram densas as nuvens que cobriam o teu corpo
Chuvas de perolas
Vinda de mundos onde nunca chove
Ah! e teu sorriso simplesmente
Brilhava mais que o sol

Eu não descansava
Em cada pedra que rolava
Em cada âncora que ancorava
Sobre as costas de um peito aberto

Eu fugia a morte
Para te ver em vida
De saúde eterna
Onde a lei era amor

Eram densas ondas
Cavalgadas por belos potros
Em passo de corrida
Pelas areias ainda húmidas do teu corpo

Eram estrelas que brilhavam em teu redor
Enquanto o mundo escurecia na densidão
Das luas por vingar
Nas dunas do teu ser

Era eu poeta
Entre tudo que sou
Sem nada ser
Em tudo que possuo
Sem nada possuir
A receber em meus braços
Todo o teu amor

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