Eram densas as nuvens que cobriam o teu corpo
Chuvas de perolas
Vinda de mundos onde nunca chove
Ah! e teu sorriso simplesmente
Brilhava mais que o sol
Eu não descansava
Em cada pedra que rolava
Em cada âncora que ancorava
Sobre as costas de um peito aberto
Eu fugia a morte
Para te ver em vida
De saúde eterna
Onde a lei era amor
Eram densas ondas
Cavalgadas por belos potros
Em passo de corrida
Pelas areias ainda húmidas do teu corpo
Eram estrelas que brilhavam em teu redor
Enquanto o mundo escurecia na densidão
Das luas por vingar
Nas dunas do teu ser
Era eu poeta
Entre tudo que sou
Sem nada ser
Em tudo que possuo
Sem nada possuir
A receber em meus braços
Todo o teu amor
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