Querer ser gente
A um pequeno barulho na minha cabeça
Que grita tristeza
Me obrigando a entrar na alma de supressa
Criando a ilusão de que tudo chega com certeza
Lampião que ilumina a calçada
Dos sonhos a cada madrugada
Maldita! Lâmpada
De génio apagada
A um pequeno ruido estridente
Que entra na minha mente
Cintilante e carente
Me entregando ao corpo pela primeira vez
Ao mundo presente
Sou eu no meu da rua
Despindo, carente
Sem rosto, sem gente
És tu nua
Sem passos, sem rua
Vestida de amargura
Também querendo ser gente!
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