Pelos passos distantes do homem
E os ventos da terra que treme
Se ouvem as sirenes do desperto
A correria sem salvação do desespero
O amor que não se manifesta
Que mantem a alma fechada
E o coração numa rua secreta
De uma promessa demorada
Passos lentos
Ventos tensos
E joelhos quebrados
Pelas guilhotinas dos demandados
Surgem dons de palavra
Acções ocultadas
E muros de Berlim
De raízes enraizadas
No pulmão que não respira
Não mão que não agarra
E o pé que empurra
O semelhante para a loucura da amargura
A solidão que sempre vem
Entre o barco naufragado, sempre naufragado
Se erguem velas rasgadas
Entre ventos desgastados pelo tempo
E tudo se torna banal
Neste mundo irreal
Onde uns vivem
E outros sabem viver
Sem comentários:
Enviar um comentário