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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

NOCTURNA

em seu belo leito nocturna
cor única de paz
nocturna de lua cheia
sem corpo de quem anseia

nocturna entre a magia
de um malmequer plantado
colheita de sabores
de namorados tornados amores

nocturna da alma carente
e de estrelas reluzentes
espalhando a mensagem
 tornando o coração ardente

nocturna de palavra singela
de morada aberta
de estrada incerta
pintura escrita em aguarela

nocturna sem dono
mais livre que sua própria liberdade
senhora de amores
derramados pelas chuvas de outono

nocturna mulher de desejo
quem seduzes em teu corpo
com quem te deitas
sem pecado em cada noite

nocturna quantos amores já esquecidos
quantas almas já feridas
por capricho ou prazeres divididos
no sacrifício de teu corpo satisfazer

nocturna de ninguém
de beijo em flor
nocturna de todos
entre um e outro amor
nocturna sem rumo
sem barco ou remador
nocturna que tanto procura
 nocturna que nada encontra

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