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domingo, 17 de outubro de 2010

Luar da Vida

Agora que meu barco parte do cais da despedida
Entre as luzes que me reluzem
Sigo viagem
Com destino ao luar da vida

E sigo com a proa destemida
Mareando de vela erguida
Entre o mar salgado
Entre o luar da vida

Talvez o luar da vida
Seja um lugar sem destino
Apenas uma lágrima vertida
De um segundo sentido

Não levo grandes tesouros
Nesta alma calejada
Não levo agoiros
Mas levo meu coração neste corpo ancorada

E eis que o sol ser ergue
Neste mar alto da vida
Neblina que se segue
Terra prometida

E não vou desistir
Ou recuar
Ao enfrentar o mar
Neste luar da vida

Porra! !
Afinal fomos feitos
Para sonhar
E caramba!
Afinal fomos feitos para amar

E se a vida é só um luar
Mesmo se o sol não me procurar
Porque raio ia eu parar de amar
E mesmo se a lua não me brilhar
Porque raio não iria lutar até me libertar

Não que esteja cansado do luar
E de suas intempéries
Escritas em mim
Não que tenha parado de escutar

É que já dói um pouco olhar
É que sofrer já não é mas passou a ser
E a dor não combina muito com amor

 Raios partam estas ondas
Que nos molham
Que nos tentam derrubar
Mas que me escolham
Pois não vou parar de sonhar

 Amanha um bom dia para regozijar
Mas de manha sei que ainda é cedo para me arvorar
Talvez a tardinha me erga
Na esperança de ter um pouco de luar

Não tenho medo de chorar
Ai como e bom chorar
Não vou sorrir para a minha alma aliviar
Mas se poder chorar
Ai terá um novo olhar
Que me faz renascer mesmo a tempo de sonhar

Qual Outono sem flor
Esperando a primavera para de novo se recompor

1 comentário:

Fernanda Rocha Mesquita disse...

Deixar de sonhar nunca e chorar e' direito de todos. um bom domingo... em paz