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sábado, 16 de outubro de 2010

pétala que cai

No mesmo jardim,
No mesmo local,
Entre a sombra e o deserto,
Na pétala que cai,
Mesmo sabendo que será assim,
Abri meu peito para chorar tuas mágoas

Escolhendo entre o dia e a noite,
Entre as noites que são dias e os dias que são noites,
Entrando em tudo que não foi tocado.
Amanha podes entrar na cidade do meu nascimento,

No inicio do fim,
Na minha vida corrompendo em um anel de fogo,
Entre os sinos do principio,
Os sinos da tua face

Num raio de luz ardente
Em círculos feitos de cor
Acarinhados em flor

Coloco minha capa negra
Canto a minha meninice
Mas não tenho a certeza
Se a viúva te causa tristeza

Mas és tão linda flor camponesa.
É que a vida tem mau feitio
E não separa o joio do trigo
Mas quando o dia nasce em firmamento no trabalho

Tuas pétalas crescem com desejo
Perfumando nosso beijo
Em cada momento que não me contento com teu olhar



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