Algo foi feito em mim
Que me faz chapinar na lama
Algo maravilhoso em ti
No silêncio voltas para mim
Presa e tença
Me olhas sem fim
Tenho os pés gelados
E estou tão cansado
Talvez eu queira voltar
Talvez eu volte
Ao topo das montanhas
Do silêncio teu
Quando voltas para mim
Presa e tença
Por um dedo falido
Uma arguida
Em um tribunal humano
Na injustiça desumana
O amor ao contrário
No ódio solidário
O beijo da morte
A mulher da pouca sorte
No obituário
Da vida apos vida
Sem ser sentida
Gritam altiva, altivam
Os rolos os escritos
Profundos numa neblina
De escarpas inexistentes
Passos e mais passos
Acções e mais acções
No vazio de não saber
Se o amanha será o amanha que queremos
Cai uma pena
Com pena de sua sujidade
Madura incompreendida
Pela noite atribulada de tão serena
E o amor se esbanja
No vazio
Na futilidade
De ser o que não se pode ser
No querer que não tem
Qualquer poder
Na giesta de meus lábios
Sempre que aqui te quiseram beijar
Na vida apos vida!
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