No
labirinto onde minha alma respira os silêncios são escutados, os beijos
abraçam outros lábios e línguas se soltam numa língua universal, os
passos são dados numa agonia singela no sangue que corre nas veias nas
sementes que serão flores entre amores e espinhos correm os rios para o
mar dos dissabores, fruto de rebento perdido pelas trilhas moleculares
de um universo que se torna pequeno em tanta
grandeza. O homem adeus me visita constantemente inspeccionando se o nó
se encontra bem apertado se apenas respiro a saudade de quem já não
vem, a mulher do ventre se afasta rasgando meu peito lentamente como um
raio de sol que penetra minha existência na mais pura castidade, será
castigo até se o que arde em meu peito não se transformar num a espécie
de luz que me conduza mesmo que em contra mão para esta falta de
moralidade. Sereno, serenos são os dias já passados pequenos baús de
recordações contendo saudades e emoções já vividas. Pequenas partículas
em forma de água que a chuva carinhosamente nos oferece como horizonte
que se despe no frio que se sente em cada coração, vulcão que em erupção
se apaga por medo de enfrentar a vida chamando-a de morte, existência
fatigante desprotegida até! Oh fragâncias de outrora o cheiro da minha
existência, o beijo de uma mãe a cara zangada de um pai que nem assim
perde a ternura e Deus aquele que aprendemos no início como quem joga a
primeira vez ao pião e agarramos sua mão com a força dos tempos, subimos
montanhas caímos por escarpas e encontramos o mar, aquele que eu tanto
gosto de sentir que me leva entre seu leito frio mas terno num silêncio
profundo onde as cicatrizes são apenas sorrisos que se soltam como
balões lançados ao vento no amor que ade chegar para todos!
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