A lágrima distinta a tal porta cai Como uma campainha que inunda Nossa porta por abrir
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
primeiro dos primeiros passos
Posso ser eu, podes ser tu do lado da janela embaciada pelo tempo,
acorrentado a uma cadeira na ânsia de o sol brilhar cancioneiro de
tantos sonhos. Lamparinas apagadas, por um passado bem presente, ou
apenas uma árvore sem raízes perdendo suas folhas pelo Outono. Uma voz
calada que tenta falar no silêncio, um amor desfeito pela tempestade,
qual castelo de areia desmoronou num mundo erróneo. A nudez da lua
longínqua como um deserto que queima nossa boca um mar de temperamento
brando transformado na maior das intempéries onde a alma pode ressurgir
sozinha, discreta pela sua nudez no primeiro dos primeiros passos
gritando vitoria em um cenário de derrota. Podem teus olhos chorar
lágrimas ao vazio e teu corpo abraçar o invisível da espera e até o
fruto ser doce no meio de tanta amargura. São teus pés descalços, passos
teus para quem tenta caminhar mesmo com a janela fechada.
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