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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Na memoria de quem guardo

Na memoria de quem guardo,
Que se levantem agora os ventos contra mim,
Não são lágrimas que te entrego,
Nesta hora de tristeza,
Não assumo planos nem futuros que não construi,
E entro no desgosto profundo,
Limitado a nada, sem alturas para subir,
E no limiar do que me é oculto,
Rasgo meu corpo entre sangue e ossos de po.
No silencio que me revela o grito
No amanhecer que nunca será meu
Porque ninguém é de ninguém,
E só podemos fazer parte ou não da vida de alguém,
E são nessas encostas que caiu no pilar da vida,
No meu cemitério da sorte,
Soltando gritos de guerra entre sinais de fumo,
Tiro a corrente que me prende ao mar,
E entrego a flor que plantei nos espinhos que a vida me deu,
Nunca aprendi a ganhar mas aprendi a perder,
Nunca aprendi a receber mas aprendi a dar,
E me afogo sem luz no espírito que me consome a alma,
Agarrado ao patamar do sonho,
Sentindo o que nunca senti,
E meu corpo imoral agarrado ao pecado,
Envelhece na dor desenfreada a não envelhecer na morte,
E se chegares entre passos leves sem avisar,
Se clemente com minha alma
Que arde na fogueira que queima em mim
E se me entregares ao solo para ao pó voltar,
Guarda meu nome escrito em um pedaço de papel,
Recorda meu sorriso espalhado na brisa do sol,
No tempo em que havia gloria e um esplendor, no tempo em que havia respeito e amor
Meu olhar esta gasto nas intempéries que o mundo causa,
Meu corpo esta doente pelo pecado,
Minha boca se afasta do veneno da serpente,
E já caminho nas memorias esquecidas,
Parado no tempo sem pressa para andar,
Pois não tenho para onde ir,
Grito mas ninguém me consegue escutar,
Na rouquidão que me tira a voz,
E cada palavra solta, destrói segundos de silencio brando de mares e desertos,
Crescendo entre pautas de violinos com cordas gastas,
Ofuscando minha boa vontade,
Solta meu ar que não respiro,
Dá-me um sorriso falso se assim for,
Mas não me negues a verdade,
Nem destruas a alma marcando um coração para sempre.

Amigo

Amigo agora que afasto a cortina,
No final que se aproxima em meu peito,
No encontro com meus pecados,
Acho que sempre soubeste quem sou,
Sabes que já menti,
Sabes que já trai,
Sabes que já magoei,
Sabes que muito pequei,
Como qualquer guerreiro de luz
Sofri e fiz sofrer,
E tudo fluiu na minha vida,
Para que hoje possa ter mudado meu caminho,
E não posso mudar aquilo que aconteceu,
Mas aprendi a mudar o presente
Mas sabes quem sou,
Pois tenho novas vestes no vento da mudança,
E nos pecados do passado,
Aprendi a pecar menos no presente,
E nas magoas que causei atrás,
Aprendi a não magoar no agora,
E porque vivo,
E porque respiro
Amigo sou humano,
E também pequei,
O importante e aprender a modificar o caminho,
Como qualquer guerreiro de luz já duvidei que fosse u guerreiro,
Em todos meus tormentos entre erros já escritos,
Aprendi que um guerreiro de luz só erra uma vez,
Pois aprende a modificar,
Pois se entrega de corpo e alma,
Pois chora e sorri na partilha com todos,
Pois vive na constante mudança por aquilo que é certo,
E por defeito em tudo que faz o faz com amor,
Entre loucuras de verdades,
Entre pântanos de dor,
Nas alegrias que também são colhidas,
Nas noites em luar

domingo, 5 de outubro de 2008

Sinal do Tempo

Num sinal do tempo
Eu perdi meu amor e esqueci de morrer
Como qualquer homem assustado,
Merecia melhor sorte entre muralhas e sonhos
E mantenho memórias em mim
E estou tão longe do céu e estou tão longe de ti
E nunca ouvi o adeus
E esta noite vou celebrar meu amor
E vou entrar no infinito
Porque olho a janela que se aproxima
Como uma historia por terminar
E só preciso de me encontrar no labirinto que se ergueu em mim
E tudo que preciso é outro dia outra oportunidade,
Entender porque a porta se fechou no toque de uma simples mão
E não me encontro sozinho ainda me tenho a mim
Em uma terra distante no segundo nascimento
Nas asas de novos sonhos
E tiro todo o ar que respiro na emoção do retorno
E ainda me lembro das palavras que nunca direi
E não procuro perdão
Porque nada há a perdoar
Mas peço piedade a alma
Maravilhosa criatura dentro da terra,
Tu que me trazes as tempestades,
E me inundas com água do rio
E vou partir nas caravelas do amor
Entres milagres e o caos
O inferno e o paraíso
E a lua esta em chamas
E a noite arde no luar
E quando acredito uma nova esperança nasce
Entre as orações que ninguém ouviu
Não, não tenho medo
Apesar de ter muito a temer
Pode haver milagres quando acreditamos na esperança que liberta
Ainda me mantenho sem explicação
Falando palavras que nunca escrevi
A espera do amigo que não apareceu
E no silencio da escuridão
Eu vivo dentro do espírito
Sonho que chama o vento
Na voz sussurro uma vela na noite,
Fecho os olhos e olho nos sonhos
Nos ventos da mudança e voo para longe num arco-íris no céu
E mudo a brisa e navego ao encontro do vazio
Porque isto não e o fim
E o começo de uma estrada
E principio de uma terra cavada que renasce em novo solo
Permitindo
Que me erga na luta em favor do amor
E me entrego ao mestre vento.
E hoje não e um bom dia para morrer
E se tenho que morrer não será agora
E luto pelo amor e não pela gloria
E nenhum homem se ajoelhara na chama da paixão eterna