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terça-feira, 9 de junho de 2009

sera que não de livre vontade

Ó alma que cedo de mim partiste,
Se o fizeste é porquê certamente não querias ficar,
Se te foste e porquê já não me querias olhar,
Ou será que não de livre vontade?
Será que foi meu fraco coração que ma roubou?
Em que nau partiste tu em que mundo habitas tu em segredo,
Voltarei a encontrar porquê tudo são passos que dou entre ti e o luar,
Tudo são sombras e presságios no meu fraco coração,
E nem as chuvas que se espetam em meu peito,
E nem as cicatrizes que o vento me deixou,
Farão eu desistir entre o ficar ou hoje partir,
E como criança que caminha dando seus primeiros passos,
Caminho eu sobre o mar no inicio do fim desta viagem,
E tudo se avista,
Na clareza de que tudo tem cor,
E é na brisa desse momento que escuto
Esse teu novo lugar,
Eis que me arejo para lá te encontrar,
E trago comigo o beijo prometido,
Que dor com vida morrer não fui capaz do entregar
Na entrega do novo amanhecer,
E nas vozes que flamejam minha mente
Nas vozes que me chamam para viver de novo essa lembrança,
Que arde no fogo ardente,
Que consome meu peito doente carente por não te encontrar,
E se recordar é viver,
Amar e o milagre da vida,
E se respirar e viver,
Viver e aprender amar,
E se amar é dor,
A vida também o é
Ate porque amar e o condão do dom no simples querer sonhar

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Millôರ Fernandes

ಪೂರ Millôರ Fernandes
(adaptado)
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à
quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma
pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então,
foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos
extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário
de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos
mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua
língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que
vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a
ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão
matemática.
2
A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!
Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a
mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem
nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.
Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades
de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro
para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo:
"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".
O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro
Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema,
e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu
correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente,
sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito
assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se
reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um
merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua
maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?
Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus
quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de
seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?
3
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima.
Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar
firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado
amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de
maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a
sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para
uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de
ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor
num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo
assim como quando estás a sem documentos do carro, sem
carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a
mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada
funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a
saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os
empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e
em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a
desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”
Então:
Liberdade,
Igualdade,
Fraternidade
e
foda-se!!!
Mas não desespere:
Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”
Atente no que lhe digo!

Os sinos da tua face…………………………………..

O filme inicia em 5 actos,
Caminhando no auditório sujo e gasto,
Entre folhas abertas por escrever,
Tempo após tempo lentamente no silencio da musica sem cor,
Será suficiente para fazer um filme?
Já todos entraram, já todos entraram?
A cerimonia esta prestes a começar,
Temos lobos entre cordeiros,
Tempos bebedores de sangue,
Vampiros, feiticeiras, gigantes e anões,
Já vos falaram do tempo imaculado dos trovões da vida
E tudo é só um sonho só um sonho,
Já vos falaram do lago em forma de amor de Deus?
Rapariga tens de amar o teu homem,
Toca-lhe pela mão,
Olá, olá há sempre um tempo,
E tu porque me segues?
Porque és a tal disse eu!
Alguma vez viste Deus um anjo perfeito entre a poesia
Acordado tocando teus sonhos minha pequena criança,
Escolhendo entre o dia e a noite,
Entre as noites que são dias e os dias que são noites,
Entrando em tudo que não foi tocado.
Amanha podes entrar na cidade do meu nascimento,
No inicio do fim,
Na minha vida corrompendo em um anel de fogo,
Entre os sinos do principio,
Os sinos da tua face…………………………………..

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Videira


O pó que entra pela ramada
De assalto pela videira;
Entre o fruto da vida,
Em corpo de mulher,
Vem aguadeira salvar teu amor,
Ele esta fraco perdido na dor,
Salta a dor e levanta teu amor,

do fogo teu esplendor,
Da loucura tua armadura,
Do teu peito um esconderijo,
De passos seguros no rio da noite,
Qual peregrino assustado ele esta,
Caído na lama do trigo que esconde o joio,
Lava seus pés aguadeira,
Tu que és valquíria fruto da videira,
Condena sua condição,
Dá-lhe um beijo,
Dá-lhe uma simples razão,
Ouve meu pranto aguadeira,
Tudo parte e nada fica,
O videira do meu vinho,
Só ara ti sei cantar,
Mas sem ti sem teu cabelo ao luar,
Fica triste meu olhar,
Marcha em tua voz sobre mim,
Cavalga em passo de corrida,
Me encontra na manha que a noite escondeu,
Me encontra num hoje de ontem de um amanha ou no depois,
E encosta tua cabeça em meu abraço,
E eu me deitarei no teu cansaço,
E se não encontrares o caminho,
Te guiarei através do som do vento,
Das raízes que não cortei,
Ainda te espero junto da videira
Onde me embriaguei em teu amor