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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Fora do tempo

O amor era tímido
Fora do tempo
Como um espelho que me ilude
Em olhos brilhantes
Sem poder ver o que esta do outro lado
Debaixo dos olhos dos apaixonados
Debaixo da língua
Eu sou o pecado da vida
Que me faz correr
Me sentido nada
Atras de uma cortina
Entre o preço que paguei
Nas danças que não entrei
Por querer caminhar sozinho
Escolhendo o meu caminho
Sem destino
Foi menor que os pecados que não ocultei

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Entre as vozes do vento

A um homem que sobe cada escada da minha morada, uma senhora que com certeza sonha com as estrelas avistando a chegada longínqua de mais uma madrugada.
Um pássaro que se apronta e me encanta entre vários sentimentos, enquanto meu espirito chora por viver,

Entre as vozes do vento que me rouba o pensamento em cada suspiro vibrante de mais um novo dia, igual e sufocante
No eco! Os gritos mudos, de mais uma tentativa de comprar uma passagem para o céu

Entre um autocarro que me aguarda na nebulosa estrada aflita entre a gravata que me aperta o pescoço e o cinto largo de quem não quer calçar meus sapatos.
As palavras de dois significados nos mistérios de tantas perguntas sem tempo para responder,

Que rasgam saudades amarguradas saudades tão destintas amadas ao segundo, gravadas no coração como quem já partiu estando bem perto.
A um homem que se estende de braços abertos me apertando junto a seu peito e uma mulher que me sorri cultivando um basto jardim em que o fim pode bem ser meu princípio.

Em que respirei de .novo o mar e gritei pelo caminho e ele finalmente apareceu sempre que me ouviram entre o erro eu quero saber não quem mais errou, mas o que ficou no caminho do céu!

Esta noite

Esta noite não te vou escrever, esta noite nem sequer te vou telefonar! Esta noite vou a ti pessoalmente e em teu olhar, saberei o que estas a precisar!

No parapeito do rio

São pessoas como nos que sentem a falta das luzes que outrora iluminavam nossas cidades! No parapeito do rio la estava ela em segredo como uma carta escrita pelo sol no oeste no primeiro dos barcos ressurgia seu cabelo ao vento pela brisa seu cheiro no meu corpo treme-lo era um verão de inverno na primeira das primeiras vezes que a avistei e eles também podiam ver que não mentia. Na mão segurava uma pequena lagrima na tentativa de a lançar a água do rio que abraçava estranhamente, no silencio eu parava avistando sua cortesia como quem apenas uma atenção pedia como se o fim fosse apenas o principio de tudo,enquanto eu? eu lá seguia pelo passei enquanto a olhava embatendo em cada onda caindo ao leito do seu rio como quem se afoga mais uma vez no amor e la estava ela de braços estendidos segurando meu corpo morto sorrindo sobre minha face me salvando de novo e a cidade voltava a se iluminar!

Algo, alguém

Algo, alguém
Me contou que meu coração era frio
Algo, alguém
Me contou que não tinha nada

Alguém me disse para não chorar
Agora que estou velho, meu coração
Não sabe parar de chorar
Em algo, em alguém

Crianças acordem
Agarrem o destino
Na força de um coração
Quanto mais alto maior

Algo, alguém
Me contou
Que crianças
Tereis que berrar

Algo, alguém me contou
Que tereis que lutar
E não chorar
Algo, alguém me contou
Que muitos vão tombar

Algo, alguém
Me contou que teus olhos não podem mais ver chorar
Alguém, algo me contou
Que tenho que te abraçar
Sorrir e amar

Alguém, algo me contou
De que nada serve chorar
Se nada houver no lugar
Do coração que nos possa alegrar

Algo, alguém
Me contou que somos muito mais
Neste estranho lugar
Enquanto uns gritam sim outros não

E eu também choro
Onde
Algo, alguém
Também chorou

terça-feira, 25 de junho de 2013

Enquanto morro lentamente

Subo as escadas do paraíso
Sem saber se são minhas pernas
Enquanto caio aos pés de meu coração
Na esperança de me erguer

Enquanto morro lentamente
Alguém se ergue
Para me libertar de meu cansaço
No fantasma que me leva para a cama do meu horizonte

Como posso escovar meu cabelo
Enquanto ele me aflige
Entre as vidas
Eu não quero ser o único
Deixado lá

Por isso mantenho a esperança
No mar que partilho
Que alguém irá cuidar de mim
E me irá libertar o coração
Do meu cansaço

Que me de um olhar
Quando adormeço
Para aconchegar minha cabeça
Com um pouco
Um pouco de amor

Encontrei as portas do mundo

Encontrei as portas do mundo
Abertas para o odio
Deitadas na injustiça
Que se regozija em cada pranto

Encontrei as portas do mundo
Fechadas para o amor
Fechadas para a compaixão
Não querendo sequer deixar passar a união

Encontrei claustros espalhados
Corações incendiados
Pela minha mão
Pela tua mão

Passei seus arcos avançando
O desértico coração
Rompendo almas
Soltando clamores
Ao ritmo de tambores

Chorei seus horrores
Sofrendo seus amores
E disparei com toda a força
A única arma que eu munia

Soltei a voz
Soltei as asas do sonho
Ergui madeiras
E preguei todas as lagrimas
Em estacas de tortura

Lavei meu corpo
Sequei meus pensamentos
Ajoelhando orei a Deus
Pedindo para ele cicatrizar minha alma

Entre meus passos pesados
Desaguei em meus pecados
E meus olhos vertiam toda a ruindade
Entre meus atos sem perdão

Entrei nas portas do mundo
Qual forasteiro
Ergui minha tenda
Sobre a lareira do destino

E tudo era vazio
Sem cor
Nas telas do amor
Por pintar

Encontrei as portas do mundo
Entrei e caminhei
Mas não encontrei quem mais queria encontrar
Na verdade não me encontrei
Porque nelas me perdi
Para quem sabe, tu me poderes resgatar!

Este sistema lentamente

Era dia
E já o sol se via
Entres meus olhos que não abriam
Para ver os atropelos das massas

Entre milhares de pernas trocadas
Na sua correria matinal
Fugindo de sua própria dor
Lançavam seu fardo ao rancor

Abriam as janelas fechadas
Fechando a cadeados os sentimentos
Mantendo no pensamento
Que mais este dia a passar
Pela noite a dor iria curar

Rostos fechados
Em corpos vivos
Em almas mortas
Que não encontram a razão de viver

Assaltam os passeios desorientados
Olham os lampiões e perguntam
Como já podem estar apagados
Entre tanta escuridão

Seus olhos estão marcados
Suas pálpebras ainda húmidas
Entre mãos tremulas
Buscam apenas um motivo

E se sentam em silêncio
Nas cadeiras matinais
Entre o corpo dorido
E o sonho esquecido

Na esperança que ressurja um simples milagre
Que venha pela aurora
Bem la depois do horizonte
Entre o deserto que já foi um basto mar salgado

Vozes roucas que não ousam falar
Sobre as chuvas
E os invernos passados
De tantos presentes vividos
Sonhando com futuros incertos

Sem entender que tudo
Este sistema lentamente
Ousou em lhes roubar
Os atirando para o vazio
Da própria alma

domingo, 23 de junho de 2013

Sobre a varanda

Tomou conta de mim
Uma batalha dos muitos eus
Paredes derraigadas
Lanças envergadas

Impudicamente impura
Retratada ao irretratável
Sobre a varanda
Nada nobre dos meus pecados

Como um poço onde o fundo
Não possui apenas o vazio
Em cada gota de água
Que se torna um pensamento

Entre tantos outros
Pensamentos antigos
Que me tornam meu presente ridículo
Ambiciosas as bocas
Atraentes aos desejos
De que sonhar pode ser tudo
E como ato nada realizar

Atentos momentos
De braços parados
E pernas quebradas
Assim como a alma
Se perde no nada
Entre uma e outra realidade
De destinos nunca realizáveis

Eu me extingo
Em cada, eu
Onde nesses seguramente
Me entrego ao incerto
Da própria morte

Nos benefícios e dúvidas
Nas palavras extensas
Sem regras
De tanto curtas
Apunhalando o coração

Onde a nobreza
Se torna apenas a certeza
Que tudo foi frívolo
Na procura da mais que egoísta;
Egoísta solução

De aprisionar o amor
Qual gaiola que contem um pássaro
Que a cada amanhecer
Canta sem vontade de chilrear

Mas como todas estas verdades
Os corpos se imputam
De vestes improprias
E desejos fúteis

Normas de Deuses banais
Quem nos sugam o ser
Em um só sopro
Assim como uma janela se abre
Uma porta se fecha

Tornando tudo um restante
De mim guardado
Fechado a chave
Nesse cofre que é meu coração

Ninguém saberá quem sou!
Nem mesmo eu
Não sendo permitido ao meu próprio ser
Querer magoar aquém do além próximo

Nem que para isso
Tenha que me erguer
Sobre o corpo já de si molhado
Soltando cada fumaça

Que dentro de mim arde
E esvoace para mais um sonho
Nunca realizável
Nessa minha vontade
De ser e querer

Através de um ou outro poder
Vencer o amor
Que na minha mente ridícula
Se tornou dor

Sobre a varanda
Nada nobre dos meus pecados
Apenas se torna claro
Que apenas avistava minha humanidade
Em cada sonho minha força para viver

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Assim como tu as vezes és dor

Podes as vezes sorrir
Outras vezes chorar
Assim como eu as vezes sou dor
Outras vezes serei amor

Podes cantar
Ou em silencio ficar
Assim como eu nem sempre saberei viver
Outras vezes quererei morrer

Podes Sonhar
Ou reclamar
Assim como eu irei adormecer
Outras vezes em teu corpo tombar

Podes acordar
Outras vezes nem andar
Assim como eu nem sempre vou amar
Outras vezes entre meu corpo mutilado
Minha alma me irá atormentar

Podes bem ser tu
Mesmo não sendo eu
Assim como eu a teu lado estarei
Outras vezes tu a meu lado estarás

Posso as vezes sorrir
Outras vezes chorar
Assim como tu as vezes és dor
Outras vezes serás amor

Embati de frente

Embati de frente no horizonte onde a luz se expõe, a nascente de todo o ser se foi pelo rio que desagua na alma em busca constate entre destinos e inseguranças o medo quase venceu em sua plenitude de ventos magistrais como asas de voo curto eu me estendi sobre o manto do pensamento profundo, naveguei essas aguas temerosas e não sai ileso de tanta lamentação, escutei as vozes do desespero assim como a esperança escrita destorcida neste circulo enganoso. Cultivei nos campos da lembrança a semente do meu próprio nascimento me abracei enquanto afastava a escuridão do meu intimo os sinos entoavam seu som estridente abrindo uma espécie de céu confortando almas e corpos feridos desta terrível guerra de um sistema montada apenas para aniquilar os mais fracos. Eram punhos fortes embatendo sem piedade qualquer ser movente, entre ódios descobri amores e lentamente cresceu em mim uma pequena esperança de que tudo pode mudar, se até o sol não se cansa de brilhar e a própria chuva desce sobre nós, também podemos erguer nosso coração a mudança e lutar contra nossa própria humilhação, contrariando a maldade que existe em cada um de nós!

na esperança da luz nunca findar!

Ela brilhava qual cometa num universo de escuridão era a luz de um simples e impuro coração era explosão verdadeira sem mentira era roseira de uma beleza sem igual, estrela cadente de um mundo sem igual, entre o silêncio e a brisa que me afagava a face. Eu era jovem sem certeza na incerteza buscando o impossível na decadência do desigual, Que importa agora que a demora apenas se tornou vento de um corpo sem igual que apenas dorme ao relento dessa luz que a ela pertence, qual esperança sem lamento bate em meu peito nesse abraço desigual.
Ela brilhava enquanto eu chorava nessa razão sem qualquer razão aparente! Afinal deveria sorrir era ela estrela sem igual, perfume matinal de um jardim plantado pelos meus olhos calejadas mãos dessa flor pouco formal, simples de cabelo ao vento de corpo despido na juventude, eu o perdido! Visitando seu sonho sem qualquer autorização me aventurando no profundo eu de ela própria para quem brilha pela noite e de manha ainda raia na sua força simples de quem tem humildade natural lançada a um lago de águas límpidas ao corpo impuro, o toque era suave numa voz doce que ninguém rejeitava. Eu apenas terminava minha busca e ancorava meu corpo sobre o dela com tamanha fé que rejeitava o brilho de alerta de qualquer farol e mesmo nas tempestades abrigava seu fogo para não extinguir o até então construído, não era amor não era uma cabana, era o respeito de quem se ama nas tempestades de lagrimas nas dores infinitas usufruindo do pouco que se torna muito em cada ato de carinho a estrela brilhava e eu apenas a protegia das turbas águas na esperança da luz nunca findar!

Não consegue vê-los?

O fogo arde na cidade da minha dor
Entre este solo poeirento
Na ladeira os dias terminam
Entre braços cansados do amor

Sem sorte ou despeito
Não deixarei ver meu coração sofrido
Chorarei entre a chuva onde não serei suspeito
E meu coração talvez seja aquecido

Não serei o homem magoado
Na tradução negada
O quadro rasgado
Não serei a lenha queimada

Talvez não tenha sido eu
Sem forças que insurgiram
Entre o pular do tempo
Sobre a varanda acenando

Não consegue vê-los?
Se insurgirem entre meu peito
Enquanto eu choro entre a chuva
Na varanda vagueando

Na areia escrevem meu grito
Caixa que me fecha no silêncio
Numa carta aflito
Escrevo o vazio do imenso

E escuto; Escuto
As portas a bater
Sem elas mesmo se terem aberto
Tomando o comando sobre minhas pernas
Sobre a longa estrada sem saber
O que encontrar neste hoje incerto

dano

O mundo inteiro pode não acreditar em nós que isso não causara dano, mas se deixarmos de acreditar em nós próprios o mundo desaba causando um dano irreparável!

Entre tantos eus

Por vezes não basta ser eu
As vezes tenho que ser vários eus
Sem poder ser eu
Outras vezes deixo de ser eu para ser alguém

Quando durmo não sei quem sou
Quando acordo, duvido de quem sou
Durante o dia tento ser quem sou
Para a noite deixar de ser quem sou

Afinal quem sou?
Varias vertentes de um eu
Numa busca constante de mim próprio
As vezes um eu de sorte

As vezes um vazio
As vezes cheio
Um eu de tantos

As vezes com alma
Outras sem coração
Um eu de vozes
Escutando cada pensamento

Sou eu quem me persegue
Eu quem a si próprio se prende
Por ter medo do meu próprio eu
Próprio ou improprio
Tanto me faz

Desde que eu a minha própria porta bata
Parando a longa caminhada
Que a muito iniciei
Um eu ainda sem respostas

Apenas fragmentos
Ainda pouco interpretados
Quem somos afinal?
No eu de tantos

Um jardim sem esperança
A esperança de um jardim
Um dia de ontem
Um dia de hoje
Um dia de amanha
Em que o eu seja eu
Entre tantos eus

O corpo não dormia

A cabeça estava deitada mas o corpo não dormia
Se eu apenas soubesse nunca guardaria o que não falei
O corpo estava deitado mas a alma doía
Se eu apenas soubesse nunca falaria o que falei

Se as cicatrizes falassem o corpo dobraria
Se eu apenas soubesse nunca escreveria o que não escrevi
Se alma apenas pudesse logo de mim sairia
Se eu apenas soubesse escreveria tudo que deveria

A cabeça estava pesada mas nem sequer pensava
A alma estava dobrada quebrada
Assaltada qual casa assombrada
De porta arrombada

A cabeça estava deitada
Na esperança de na paz poder descansar
A alma estava pesada
Cansada de em vão sonhar

A pele gelava entre tanto calor
O passo retardava
E quem adormecia era o amor
Sobre quem já não amava

Os ossos gemiam
Dentro de uma carne sem ossada
De dor levantada
Sem cortina
Todos os ouviam

Era a palavra
A frase esquecida
De estrofe rasgada
Em passo mal dirigida

Era corrida marcada
Sem ponto nem chegada
Desgosto, choro
E riso sem agoiro

Erros e falhas
Cães que ladram
Puros canalhas
Pecados que enganam

E eu? Eu deitava cabeça que já estava deitada mas o corpo não dormia
Se eu? Apenas soubesse o que sempre soube, Nunca guardaria o que não falei
O corpo estava deitado sobre o corpo já de si deitado, mas a alma doía
Se eu apenas soubesse nunca falaria o que falei, e eu sabia!