Desfolhadas enraizadas
Entram armas
Tiros e calamidades
Na alma do poeta
Cai discreta
De porta aberta
O potro tropo
Em cordel de engodo
Soltam-se vozes
Silenciosas atrozes
Corpos nus
Dores de mendigo
E fica uma nação em perigo´
Na menina do olho do inimigo
Se soltam as feras
Entre dentes e esferas
O zé povo que fique com as esperas
De tenda na ponte
Com o céu como tecto
Vivem das cidades do deserto
Praticam a fome abrupta
Feiticeiros da desgraça
Polidores de oblíquos
Em sua força bruta
Soltam coices
E arroiasses
Fazem xailes
Com fogo
E archotes
Roubam velhos
E pequenotes
Desfolhadas enraizadas
Entram armas
Tiros e calamidades
Na alma do poeta