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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Tenho lágrimas abandonadas

Tenho as portas em mim fechadas
Nas esperança que sejam abertas
Tenho lágrimas abandonadas
Em paragens incertas

E se o dia é de sol
Porque não chegas
Pela primavera
Desflorando a vida

Tenho a dor de quem já nada espera
Tocando cada face que se esconde
Não olho o espelho da dor
Que me reflecte em cada quimera

Fluir um amor
Deixar sentir
Que nem tudo é dor
Deixar abrir
Entrar sair
Reflectir o que foi errado

Sem destino ancorar caminhos
Sólidos para quem sabe ter que voltar
O mundo e redondo
No amor que é infinito
E tu és rosa
Entre uma e outra
Pétala que caia
No solo que te acolhe
Na chuva que te alimenta
E eu te vejo crescer ao vento

Nessa tua pureza
Em delicadeza
Te deito em meu colo
Acaridando tudo que me rodeia
Na esperança de uma gargalhada tua

Construindo uma morada em mim tua
Pedra por pedra
Polindo cada uma
Cuidando dos alicerces
Para que ela nunca se destrua

Ser menino
E no chão rebolar
Deitar no chão
Em uma noite de luar

Viver a cada amanhecer
Ser, querer
Existir na vida que persiste
Amar e amar
Aqui em qualquer lugar
Que nunca a voz se ouse calar
Tu sabes e eu te digo
Eu te estou amar


Sou aquele não eterno
Que se acerca de ti
Que te diz a verdade
Em palavras sinceras

Sou aquele inverno
Que te aquece
Ao calor da paixão
Sou quem amanhece
E te tira da solidão

Sem exigir uma razão
Querendo apenas
Ser em ti
O que sou em mim
Sendo quem sou
Simples por te ter
Alegre por viver

Revelando todo meu ser
Toda em ti minha razão de viver
Na falta que em mim fazes
Na saudades que me deixas
A cada tua partida
Perfumando meu corpo
Eu te pinto nas cores
Que te sei ver
Sou coração
Que bate forte


Porque!


Diz-me se ainda acreditas
Se ainda existes de cabelo ao vento
De passos simples pela brisa de verão
Diz-me se ainda sorris a cada segundo

Diz-me porque?
Porque deixamos existir em nos tantos porquês
Diz-me como o tempo que passa
Se esse amor ficou
Diz-me se te esqueceste de mim
Ou vivo em ti escondido

Porque?
Não falaste comigo
Antes de ir embora
Porque?
Não me deste ao menos a despedida inglória

Diz-me apenas se nessas palavras
Que me conquistaram
Num momento de ternura suave
Me levaste em ti

Porque?
Se perde quando somos iguais
Diz-me Porque?
Eu continuo nesta saudade
Esperando eternamente
Que tu chegues
De um lugar qualquer
Abraçando meu corpo
Diz-me
Se seremos eternos
Porque?
Tenho que chorar
Quando ainda temos vida
Diz-me se como eu
Ainda vez o meu rosto
Em cada lugar
Diz-me se ainda me trazes no peito
Em cada luar
Porque?
Esperas como eu a noite
Para te tentar abraçar
Diz-me porque não voltas
Pela brisa do amanhecer
Diz-me porque?
Não voltas qual sereia pelo mar
E neste porquês!
Eu te espero
Porque!
Sem ti fica difícil
O anoitecer
O amanhecer
No porque
De que te diz que te quer amar

Eu cresço aqui


Eu cresço aqui
Respirando um novo ar
Criando um novo momento
Exijo ao mundo poder amar
Exijo viver o sentimento
Colhendo o sol a cada amanhecer
Eu grito
Eu apenas quero viver!
Sorrir, criar, brincar
E em cada poema
Que poetizo broto lágrimas
Alegrias na partilha com todos
Amando cada um que trilha minha vida
Abraçando cada um que se aproxima de mim
Assim como o mundo nunca diz esta tudo bem
Na vida que ele tem como refém
Ninguém quer ficar
Ninguém quer abraçar
Perdido aqui sem ti
Sopa dos pobres
Onde entrego minhas vestes
Mundo, mundo
Por quem me tomas
Eu sou do povo
E o povo e vida em mim
Não quero competir
Tirando assim a liberdade que vive em mim
Mundo, mundo
A ti te desprezo
Socando tuas mil faces
Queimando teus venenos
Eu bebo com o povo
Na festa da vida
Plantando novas emoções
Não digas meu nome
Pois eu não te conheço
Não te pertenço
E te declaro morte
Em forma de vida
Sempre que me queres aprisionar
E me tentas fazer desacreditar
Que é aqui sem retardar
Que devo a todos amar
Em cada segundo
Em cada respirar
De um novo ar
Que se espalha
Não me escondas agora
Que meus olhos se abriram
As coisas simples
Que nos fazem viver
Em tuas encostas subi
Chegando ao teu topo
E te vi desnudo
Cometendo teus crimes
Matando vidas
Tirando esperanças
Derrotando amores
Que te siga quem em ti vive
Mas não contes comigo
Pois eu sigo o amor
Eu cresço aqui
Respirando um novo ar
Criando um novo momento
Exijo ao mundo poder amar
Exijo viver o sentimento
Colhendo o sol a cada amanhecer


Eu pretendo andar descalço




Preciso do descanso eterno
Sem que me peças para ser um rio vazio
Esperando pela chuva que não chega
Por entre este sol ameno
Em cada vez que te destinas ao fracasso
Que me procuras sem me querer encontrar
E espelhas em mim um olhar baço
Sem cor, ou vontade
Não me peças para navegar a deriva
Derrubando árvores
Arrancando montanhas
Destruindo flores
Que se encontra no sitio certo
Eu pretendo andar descalço
No solo que me fez crescer
Germinando a semente em liberdade
Soltar apelos
Ajudando mesmo que não merece
Curando minhas feridas
Em cada prece que faço aos céus
Não me peças para não amar
E me tornar mais uma onda de calor
Que se dissipa a cada nova paixão
Na vida que se complica
Por si só
Deixa-me ser simples
Na vida simples que em mim vive
E me deixa um descanso eterno
Em cada beijo por dar
Em cada abraço
Em cada olhar
E me deixa um dia livre para amar
No amor verdadeiro
Sendo tudo que poder ser
Nesta vida que é simples para quem é simples
Não me tragas um novo amor
Simplesmente engrandece ainda mais este que já tenho
neste solo onde eu apenas caminho descalço



sábado, 26 de fevereiro de 2011

Não te retardes ao momento

Não te retardes ao momento
Talhando entre tudo
Entre o nada
Talhando um sentimento
De uma alma que já não chora
Por um coração que partiu
Entristecido com o amor




Não talhes palavras
Que não queres dizer
Nem atires setas
De flechas partidas
Sangrando um simples
Mas puro coração

Esta forma de viver

No meu corpo gelado
Isto é a vida dos desencontros
O passeio confinado
Aos encontros

Alma que vagueia pelo vazio
Na correria de mais um dia
E meu corpo chegara
Quando de mim precisares

A cada noite iluminada
Entreaberta na lágrima derramada
Mais cedo que possa
Eu chegarei
Na vida que não construi em mim
Sem voz
Já rouca
De tanto esse nome chamar
Neste presente que construo
E chegarei em ti
A única que posso amar
Sem ser melhor que tu
Onde tu és o meu melhor
Estruturando cada sentimento meu
Que se transforma teu
Eu te admiro
Como quem admira o mar
Mesmo sem ter escolhido
Esta forma de viver
Numa estranha forma de o céu contemplar
Entre todos os contratempos
Declaro
Eu te amei em todos os momentos



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um amor em um eterno momento



Segue como um copo vazio
Quebrado por encher
Entre uma fotografia respirando
Tatuando tudo em sua volta

Chega quebrado
Em lágrimas partido sem cores
Amarrotado pelo tempo
Entre o mundo tenebroso
E a vida que é bonita
Chega como sorriso
Marcando cada passo
Pautando cada palavra
Assim como se liberta o beijo
No por tudo rápido
Em insónia pelo corpo

E de todas as coisas que pensei
O domínio que cerca
Entre o que não quero perder
Em mais um coração por largar

Com a minha melhor mão
Parto o vidro partido
Sobre tudo
Na minha melhor mão
Pinto o mundo
Sabendo que não serei
Uma ponte entre nos
E talvez chega em vida bonita
Pertencendo a nos
E talvez chegue em paixão
Ou chegue em chuvas do deserto pelos ventos do mar
E no regresso te recolha
Em forma de pétala
Em forma de amor
Te peça perdão
Sem em ti quem em mim vive
Trazendo a razão pela brisa
Em cada primavera
Em cada lugar teu
Cuidando do meu ser
Cantando alegremente
Que entre mim e ti
Só existe um tempo
Um amor em um eterno momento

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Direcção




Para que no fim
Não me digam que foi tudo em vão
Tenho caminhado nos caminhos da humildade
Tenho perdido a razão
Assim como também sou humano
Tenho declarado boas novas
Exorcizado a dor
Na escuridão que o mundo me oferece
Tocado corações
Vivido paixões sem lugar
Sem horas marcadas
Tenho sido lembrado
Enquanto me esqueço de mim

Esta noite apenas me quero lembrar
De todos que posso amar
Quero escalar suas almas
Visitar suas moradas
E acender em cada uma
A esperança
Em forma simbólica
Uma pequena vela acesa
Para iluminar um mundo
Já por si escuro
Quero tocar corações
Suscitar pequenas razões
Em forma de amor
Quero criar novas reflexões
Em abraços de ternura
Vivo as novas sensações
Sem mudar os antigos princípios
E mudo as tarefas
Os caminhos
Para novas formas amar
E se alguém em mim levantar a voz
Ou razões em fundamentos desgastados
Ou apenas serei cordial
Pois a quem vive na falta do amor
Sem qualquer caminho
Ou direcção
Eu aqui estou bem
Tentando entender
As razões de tanta dor

De mão dada comigo,De mão dada contigo

Cada montanha ou escarpa que me espeta no peito
Cada onda gigante quem me acerca
Em cada injustiça que não aceito
Entre lágrimas caídas
Derramadas
Por pessoas que não são
Amadas
No desgosto que a solidão nos traz
O desespero da razão
Entre o fim que o principio trouxe
Escutando cada silencio
Encontrando cada abrigo
Pelo som do vento
Pela mão do tempo
Em cada gesto
Em cada amor
Essa segura
Certeza de paladar
Ameno que nos derrota
Qual vendaval de destruição
Remando entre as nuvens dos sonhos
E eu me importo com a felicidade alheia
Pela natureza que me rodeia
E se o sorriso soar alto
E se o povo sorrir ao mundo
Mesmo que ele não sorria ao povo
Talvez se acendam os candelabros de luz
E o céu se abra em suas cortinas
Derramando as chuvas do amor
E com ela anjos protectores
Que nos ensinem amar
Limpando cada lágrima do rosto
Retirando cada dor do seu lugar
Extinguindo o sofrimento
Entre as coisas anteriores
Que elas sejam passado
Que elas não sejam lembradas
Na soleira da vossa porta
Na vestimenta nova
Que saia então
O renascer do amor em cada porta
De mão dada comigo
De mão dada contigo
De mão unida
No cordão do mundo


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

memória


Na verdade essa voz que oiço
Do longe que não vem
O silencio que me acerca
Em muralhas pelo medo
Eu me espelho ao mundo
De peito aberto
Em cada vez que pensei que seria feliz e não fui
Em cada plano que planeei e fracassou
Em cada caminho que extingui
Na verdade deixei de procurar
Para me deixar ser encontrado
Deixei essa voz falar
Deixei de ficar calado
Resto eu no silêncio que a recordação me traz
Recolhendo as cinzas do passado
Entre as nuvens carregadas de intempéries
Quando me torno esquecimento
Mesmo lembrado
Onde tu permaneces sem mim
Numa morada incerta
Um sinal de memória em memória
Num mundo desgastado pelo homem
Quem reserva quem?
Para a ceia final
E a memória ainda é recente
Assim como a vida é curta
Para tanto amor
A mentira é a mesma
Na verdade em jazigo
Com serenidade
Te digo, tenho a esperança ainda viva
No sopro que em mim reside
No sangue que corre em minhas veias
Que até ao fins dos tempos te vou amar
Na esperança que em mim vive





E de todas as palavras que já falei ou escrevi

Por momentos deixei de ser
Leve ou pesado
Deixei de ver, existir
Por momentos fiquei saturado

Me deixei levar pela corrente
Para um lugar que nem sei
Onde o que me espera e incógnito
Deixo ficar tudo que amei
Largo tudo que sei
E me liberto de ideias predefinidas
Abrindo a mente a novas visões
Tudo falha, nada tem resultado
Neste mar de incertezas
Sou agora capitão abandonado
Sem homens para içar as velas
Sou barco sem remos
Mê deslocando pelas águas do destino
Já me chega de lamentos
De quem desiste a primeira tempestade
De quem não sabe amar
Lamentos egoístas de quem
Perdura parado
Esperando que tudo seja oferenda
São belas as palavras da vida
Quando partilhadas
São dignificantes os caminhos
Quando dá-mos amor
São actos de inteligência
Quando espalhamos nossos sentimentos
Em cada passagem
São actos de coragem
Quando marcamos vidas
E nelas somos lembrados

Estou farto de desistentes
Que encontraram no lamento
Seu auto perdão
Estou farto de quem fala
Sem saber escutar
Quem ama sabe amar
Quem diz amar, nada sabe
E preciso sentir
Principalmente agir
Ate contra nos próprios
Cada degrau que subo por entre o deserto
É doloroso, me queima o corpo
Até ao final do dia
Em que a noite chega como amor
E me traz a água que sacia a sede
Em que o vento me traz tua voz
Me dando confiança
Em que a lua me traz teu rosto
Me dizendo não estas sozinho
Em que tu me abraças e me tornas Teu
No teu leito, no teu simples amar
E eu volto de novo
Me erguendo em ti
Nascendo de novo para te olhar
Sabendo que sem ti em mim, nada pode existir, mesmo que não seja o fim
E de todas as palavras que já falei ou escrevi
Me escapou uma
Não quererei saber como será te perder
Não quererei nunca saber como será sem ti viver
Por isso farei questão de te amar a cada segundo, a cada minuto
Por isso farei questão que saibas que és tudo que de importante tenho para amar
E com essa certeza de ti irei sempre cuidar