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segunda-feira, 22 de julho de 2013

CORDEL DE PALAVRAS VIDEO FILIPE ASSUNCAO

Apenas

Apenas mais um hoje, que o amanhã pertença a alguém e quem sabe la possa estar também!

No azul das rosas

Rosas vermelhas
Sobre o céu azul Intemporal
Mistérios desavindos
Em asas caídas

Anjos feridos
Cabeças levantadas
Relinchos e patadas
Gritos e lagrimas penduradas

Espinhos
Aguas brotadas
Límpidas almas
De espirito benevolente

Sapatos rotos
Cordas embargadas
Labaredas e charadas
Num simples aperto de mão

Rosas vermelhas
Sobre o céu azul
Pétalas de anjos
Caídas em asas

O meu corpo
O teu
Em espinhos
No azul das rosas
Sobre o céu vermelho

Velhos somos nós

Pés descalços
Braços feridos
Calejados pela sabedoria
Imparciais, fatais
Como quem ressona
Num sonho
Como pesadelo
Se quer acordar

Velhos somos nós
Novos são os tempos
E haverá sempre vendavais
Ventos e beijos letais

Sucumbidos a quem desejais?
Leais! Ou desliais
Nunca sabeis demais
O que de menos tentais

Nas minhas próprias asas

Homem em flor
Toca os sinos
Entre a cidade
Do tempo de toda a gente

Homem flor veste o palhaço
Afastado de quem não pertence aqui
Diz ao mundo que o sonho
Não acabou

Toca, toca os sinos
Cria pontes
Toca almas em todos os caminhos
Se profundo em meu sono

E quando me deixares cair
Nas minhas próprias asas
Eu falarei com o céu
E quando me deixares afundar
Os sinos vão tocar

Homem flor larga a bomba
No alto mar
Liberta a onda
Desta humanidade
Que quer apenas amar

Homem flor
Perfura a lua
A deixa em cada buraco
Um espaço para sonhar
Neste mundo que não pode acabar
Sem toda humanidade atingir o topo
E gritar, gritar
Quão bom é a terra habitar

Nas minhas próprias asas
e com o céu falar
Me deixando afundar
Na esperança que os sinos vão tocar

Falam como quem fala

Anda comigo
Numa jornada colorida
Anda comigo
Sem alma oprimida

Olharemos o horizonte
De olhos fechados
Juntos na entrada
Do momento sem fim

Abaixa os braços
Descansa em meu ombro
Solta os cabelos
E sorriremos os dois

Poucos conhecem Deus mas todos falam dele!

Falam como quem fala
De guitarra sem cordas
De um fado sem mar
Entre o peixe e o pescador

Falam como quem fala
Do amor
Das águas turbas
Dizendo que são sorrisos de dor

Falam como quem falam
Da vida dos outros
Apenas para não assumirem
Seu próprio clamor

Falam como quem falam
Entre montanhas
E círculos de fogo
Causados pelo rancor
Falam como quem falam
Pautando melodias
Desgastadas pelo clamor

Falam como quem fala
De voz calada
Falam como que fala
Como se não houvesse madrugada

Falam como quem fala
Pelo paraíso
Onde a lagrima
Nunca mais será encontrada