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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Até ao fim dos Tempos

A sempre uma estrela longínqua que ilumina
Uma alma que se vende a vida
Uma morte que amanhece
Um corpo que adoece
Nestes pântanos desérticos
De homens vazios
Enlutados nas trevas
Com sede de sangue
Catastróficos se tornam os atos
Entre o desespero dos inocentes
Esquecidos vendidos como escravos
Ao mundo desumano
Se erguem religiões
Políticos sem soluções
Em guerras frias
De longa duração
E o ser humano se torna sem emoções
Sem sensações
Maquina de diversões
De um próximo sem clemencia
Doam vidas a morte
Vidas jogadas a sorte
Jogam almas ao inferno
Na sua sede de poder
Até ao fim do tempo

domingo, 23 de novembro de 2014

Soltando o dia vestido

Não sei que horas são no parapeito do tempo
Na pulsação do coração
Entre o sangue que pulsa
E o tal julgamento final
Não sei o rumo
Do barco solto entre o presidio
Chora sem chorar
Por um olhar embaciado em qualquer janela
Atingindo o inimigo no limite do perigo
Soltando o dia vestido
Na saudade que quer ressuscitar
Na estrada que me leva a qualquer lugar
Não da para tentar
Entrar na porta já a fechar
No ranger da madeira do tempo
Que distingue um olhar
Não da para acenar
Mas chamem-me
Para la do fumo do cigarro
Que pretendo acabar
Não dá para abrandar o coração
Acorrentar a respiração
E soltar o tumulto
Da corrente da alma qual vulto
E suspirar, suspirar
Que o amanha se erga mais novo
Pela mão da velhice
Do tempo sem tempo

Estrela caída

Estrela caída gomo perfurando em meu peito
Leito da nascença no presente em morte
Homem caído entre passos de gigantes
Aguas cintilantes inundando o profundo do ser
Alma eterna em corpo desvenerado
Agarrado pela ponta dos dedos a vida temporária
Sedente de um beijo ou abraço verdadeiramente vivo
Pelo o eterno do homem nascido da mulher
E nesse recanto sem vida
Onde a morte acena ao poeta
Nasce o poema, o poema vivo
O poema saudade e a verdade de um ser
Nasce o querer nas palavras soltas
Entre os ventos folheados
De um peito aberto
De um poeta discreto pelo dia que termina
Nascem flores
Cantam amores
Nas vozes aceleradas
Apregoadas como liberdade para a alma
Agua viva
Na sede do poeta
Poema despido ladeado nas garras efémeras do Adeus
Mundo cruel despido de fel
Sem norte ao sul
Se ergam as muralhas caídas
E a tinta se jorre nas paredes do coração
Porque nasceu mais um poema
Nas entranhas da terra
E morreu mais um poeta
Nas proezas do inferno teatral do sistema aleatório
Na face que jorra por entre o sorriso
A ultima das lágrimas
Lançada ao deserto em flor
Numa ultima tentativa de ver um rebento nascer