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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

São escadarias




São escadarias longas que me levam ao rio, ao sorriso das lavadeiras, aos putos em suas brincadeiras. Sentimentos que me retenho no coração, voz apregoada dos vendedores soltando sorrisos vendendo amores sonhos para viver no vinho casto desse amanhecer.
É como dar e receber nessa escadaria que me leva a luz do rio, ao horizonte de um sonho por colorir, que me abre a porta do coração me beijando a boca em cada emoção, é tristeza e alegria em vida entre as gaivotas e o cheiro a maresia que me acolhe sem hipocrisia!
São escadas dos guindais entre gerações resistindo a vendavais, onde o sol nasce a cada amanhecer ao primeiro olhar, no primeiro sorriso, fazendo tudo de novo! E de repente esse amor me traz um novo significado de beleza pura, para viver a cada dia em que reso para que de repente tudo dure para sempre, e eu digo baixinho é tão bom saber onde chorar!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Rodopiando nesse baloiço



Apenas o silêncio neste final de tarde
Uma lagrima entre as dunas e o mar
Essa voz que se afasta
Nas areias que não consigo agarrar

Uma vida num leve respirar
Despedida entre um pequeno olhar
O grito imenso de mais um acordar
Abandono de um abraço por dar

Sentimento, carta por escrever
Ao ler. quero apenas abandonar
Entre a razão
Bem sei que é tudo uma caixa a navegar

E se não consegues ver
Essas ruinas que não quero dizer
Como um corpo que me chama
Eu me acuso entre esse quarto vazio

Provo enquanto respiro
Tudo que foi e não mais será
Dando tudo que se tem
Entre a minha melhor mão

Carregando cada nuvem
Cercado pelos pés descalços
Entre sapatos rotos
Vozes caladas
Ao som do silêncio

E amanha será uma bonita vida
Entre esse sorriso e esse olhar
Te ergues na nudez
Entregue a um novo despertar

Voltando a ser criança
Rodopiando nesse baloiço
Que em mim me fez despertar
Uma razão para amar





domingo, 27 de janeiro de 2013

Rasuro essa forma de te olhar



Quem me faz o que sou?
Pela noite que me acolhe!
Que me desarma;
Entre o abraço, quem me levou

Se o sol assim nasce
Quem brilha em mim
Nas noites sombrias
Tumultos e súplicas
Onde a dor entre com todo esplendor

Quem escuta por escutar
Içando seu ouvido
Contemplando as cores
Desertas entre tantas outras

Linhas discretas
Que descrevem o eu de ti
Sorrisos escondidos
Entre portas e mais portas secretas
Labirintos por revelar

Entre o abraço
E o leve toque de uma mão
Amanhece meu corpo
Estremece teu desejo
Carente homem morto
Sem jazigo em perigo
De agarrar o vento
Lento entre ti
Apenas o pensamento
De quem fui
Ao te ver

Do que sou ao te rever
Invento de novo
Essa caricia rosada
Desminto que em esquecimento
Esqueci no agora quem me retorna

Rasuro essa forma de te olhar
Abrindo apenas um pouco mais esses olhos
Meus olhos que se teimam em fechar
Abro uma nova morada
E deixo deixando simplesmente
Esse teu, vento teu entrar