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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

um segundo desse teu olhar

O dia em que a terra tremeu,
negando meu nome ao céu,
na esperança de ter um segundo desse teu olhar,

ancorado em teu sorriso,
um simples e eterno segundo em teu olhar
que se encontra e reluz
que se guarda no peito

e nesse teu olhar nesse segundo
vou-me rever carente
vou-me tornar livre novamente
amante vibrante

e nesse segundo de olhar
o céu abre sua neblina
deixando o sol brilhar

sem mesmo tua boca falar
cada segundo em teu olhar
um sentimento novo

 nessa voz
nesse segundo de olhar
que me deixo novamente apaixonar
e me recordo que é bom sonhar


e se nesse teu olhar
um pouco mais poder entrar
abrir novos caminhos
despertar novos sentidos

mão na mão
corpo no corpo
dançando em algum lugar
nesse segundo que é teu olhar

como é bom amar
mesmo que seja um segundo em teu olhar
e então mais tarde recordar
que ainda tenho esse segundo desse olhar

porque a vida e feita
de um segundo em um olhar
de um olhar em um segundo
que se torna o segundo eterno de uma vida num olhar


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Doce Agosto

Foi uma voz que nos chamou
Quando te vi Estendendo minhas mãos
Que o Agosto nos alimentou
Em que o tempo perdeu a contagem
Como um brilho Que a esperança nos faz num olhar
Mas sem ti tudo seria Setembro Tudo seria pesar
Os alicerces do amor Iniciam a construção Das primeiras caminhadas Os tropeções são aceites com simplicidade e erguesse dois corpos aos céus gritando o amor
E levitasse na mais tremenda história escrita em papel delicado unidos abrimos os mares infiltrados bailamos nas ondas douradas da vida descemos as escadas da solidão criamos árvores de afecto para nelas treparmos a paixão comemos do fruto amargurado para em conjunto colher dos oceanos o fruto açucarado entramos sempre, encontramos constantemente portas abertas que já foram fechadas na calçada profunda enraizada na confiança do querer o bem a cada espírito nada é perfeito como tudo entre os seres humanos mas moldamos cada segundo para estarmos existentes na lembrança pintamos muros e pare desde neve branca acabada de colher das sebes de nosso aljôfar galgamos juntos montados nas montanhas intempéries educamos nosso grito de guerra seguimos no prado verdejante ao redor de nossa morada exorcizamos nosso medo Para continuarmos na busca que agora perfaz seis meses mas que serão dias Ordenados em anos eternos onde as palavras escritas soltam ainda o perfume do nosso amor as lendas contam nossa trova No fim de nosso presságio em que duas almas viveram como uma em comum acordo de facilitar a vida um ao outro.

Quando Saires Fecha a Porta

És tu que bate a porta enquanto durmo na noite que em nos caiu, e não fico surpreso por tua face ver entre a janela fechada e a porta entre e aberta, entra sem pedir e tiras a respiração no beijo molhado que ainda guardo do passado, agora leva a carta que te escrevi entre lágrimas de sangue e perfume que meu corpo derramou,

 fica se assim quiseres, ou então vai e não olhes para traz nada tenho mais para te dar , tudo que tinha já a ti te foi dado em outra aurora onde o tempo não tinha morada e eu vivia a teu galopeie talvez ainda tenha aquele olhar que em tudo acredita que é o primeiro a correr para lá chegar, 

 talvez tu ainda tenhas minha alma guardada em teu peito no altar que construi em nos, no céu que pintei para ti com melodias de criança, o tempo passou e nunca voltas-te nunca ouviste meu apelo ,e em cada toque do nosso corpo e em cada promessa falhada ainda agora não sei se me amas-te se saltas-te muros e levantas-te bandeiras.

Eu cresci na força bruta das trepadeiras entre mulheres de preto lavadeira de vestimenta suja e eu vivi entre o mar e a rocha. Por isso leva tudo de volta e quando saíres fecha a porta pois já estou a muito por ti aprisionado.

para ti vou sempre olhar

Entre o sonho e a viajem, nunca desfraldas-te meu corpo e nunca me tiras-te sem me dar, querida amiga entre guerras e batalhas sei que estarás lá sempre para a meu lado lutar, ambos sabemos nossa dor, pois somos confidente em segredos bem guardados, e ambos sabemos que é tão bom saber com quem contar, e tu não és minha sei que não sou teu, mas tens-me a mim e eu a ti nas mentes suspeitas, tens minha mão eu tenho o teu perdão, porque juntos construímos as pontes de nossos abraços, porque juntos somos Serafins voando entre nuvens de esplendor ambos molhados nadamos construindo jardins abrimos livros e não criamos fim, porque vivemos na festa da primavera da vida, e eu nunca vou esconder de lembrar o que vi em teu olhar quando toquei tua face pela primeira vez, vou para sempre te guardar no túmulo do meu ser, e sei que vou sempre amar-te ternamente porque pessoa assim é difícil de encontrar, preciosa demais para perder é sempre assim com o respeito que tenho para ti vou sempre olhar

perfume dos perfumes

Portos, rios, mares de marinheiros
Um povo de garra
Que sabe sorrir, que é obrigado a chorar
Homens bravos de coragem
Homens que nasceram no mar
Num Portugal grande na sua pequenez
Nação de orgulho de tradições
De princípios firmes
De mulheres guerreiras
De jovens fortes
Portugal perfume dos perfumes
Vinho do melhor vinhedo
De uma beleza pura
Aberto sincero
Onde se derrama lágrimas por entre sorrisos



Não são chuvas de lágrimas
Em tuas velhas memórias
Porque as tempestades são de paixão
Neste caminho deserto
Onde o sol nos queima a pele
Onde tudo flui ao toque do olhar
Em segredos escalados
Montanhas esculpidas em cores de preto e branco
O riso dos pássaros
Trazendo consigo as flores da paz
Voando no mar oculto
Na gruta profunda
Onde guardas te teu amuleto
Sigo teus passos
Carrego tua alma no peito
Trepo as trepadeiras claras de teu cabelo
Toco teus domínios
Solo sagrado
Onde me ergo depois de contemplar tua historia
Em guerras contadas
Mitos quebrados
Vasos de sangue
Vinhos do amor
Em alguidares castos
Em violinos drogando a morte
Pois és vida

dunas do meu ser

Nas dunas do meu ser plantei mensagens ocultas de pedidos de ajuda, na força que me prende e amarra o ser, entre brilho de olhos e faces escondidas na dor, colho as palavras do amor remendo cicatrizas que no passado futuro guardou para mim, quem conhece sabe meu caminho. Guerreando em lutas infinitas contra a mentira, chamando e chorando contra a hipocrisia, amando amigos e inimigos cuidando de tudo que move, de tudo que flui no meu horizonte, para mais tarde ser lembrado e estimado quando cair em meu jazigo, porque ela bem doce e suave cantando por mim qual mulher de desejo meu corpo para na eterna morte viver. Ainda tenho uma missão a cumprir antes de ela me levar pois sabe que tenho que partir pois meu destino este traçado desde o primeiro dia do resto da minha vida. Até lá vou visitar todos que são pobres e famintos prostitutos aleijados pela vida vai curar sua dor vou chorar junto a eles vou rasgar meu peito para lhes dar amor, vou cuidar de quem tanto me quer bem, vou amar, ate ao último sopro entre multidões entre pessoas simples e humildes sempre irei estar transparente como o por do sol serei sempre o nascer do mar pois somos companheiros de viagens na busca da mulher perdida que me deixou angustiado ao fugir sem me deixar seu nome. Hoje entendo a sorte e o azar porque tudo na vida e o que escolhemos viver e eu escolhi-te a ti por tempo indefinido ate ao fechar dos meus tempos. No entrando ainda não escrevi o livro da despedida o livro das minhas memorias entre papeis de perfume em teu corpo cuidarei sempre de ti mesmo longe irei estar perto para te agarrar quando teu corpo persistir em tombar para lá estar quando tua face derramar águas de dor não irei te deixar suar por memorias de outra hora no engano da paixão, pois sei quem és tu sabes quem sou e sou eu e tu e tu e eu num mundo só nosso construído na nossa amizade verdadeira  estendo a mão em meu coração que rejubila contigo e carinho e é tão bom meus Deus saber com quem contar.....

se chama amor

Desce o sol para tentar cobrir a sombra na lua, para afastar a paixão entre o céu e o mar, assim te vejo enrolada na areia entre o corpo molhado, pássaros entre nuvens que se dirigem a teu nome, entre mim e ti na fogueira da esperança, eu digo vem a mim não te assustes com meu corpo a tremente, entra nesta dança de espinhos partidos, entra em meus portos e abrigos, ancora teu barco no meu cais, recolhe a guarida agora estas segura, estas na ilha que te é dirigida com amor, nem o pó do deserto afasta a beleza do teu olhar, e esta noite vou cavalgar vou-me agarrar em teus apelos, e sei que as estrelas mudarão de lugar, vou beber do vento vou iluminar o firmamento, de saber te encontrar de poder teus lábios soltar melodias na mais simples flauta da verdade, e encosto meu corpo ao teu sentindo o bater da alma que renasce no espírito transformada em mulher, este é o primeiro dia do fim da tua vida, vem nesta dança e roda teu corpo sobre a dor, abraça tudo que te é oferecido
Os gritos de alerta no jasmim que perfumou tua boca, nas flores que plantei para delas cuidar, passo muros e fronteiras fugindo do mistério que se chama amor.....

soltarmos gritos de alerta no jasmim que perfumou tua boca, nas flores que plantei para delas cuidar, passo muros e fronteiras fugindo do mistério que se chama amor.....
Os gritos de alerta no jasmim que perfumou tua boca, nas flores que plantei para delas cuidar, passo muros e fronteiras fugindo do mistério que se chama amor.....

teu meu caminho

Noites na sombra da lua, nunca chegadas ao fim, cartas por abrir que nunca cheguei a enviar, beleza na tua face no olhar que não é meu, algo me tente dizer pensamentos que não posso defender, e o estranho segue seu caminho na montanha que te espera para te amar, sei que não poderei fazer teu meu caminho nem dar-te a mão para visitar o profundo da alma, mas posso sorrir e dar-te o corpo em forma de agradecimento posso morrer e voltar a viver em teu espelho na sombra de quem te quer bem. Poderei só ter um dedo na mão que não é minha na tarde em que o sol se pós em teus ombros e te suspirou aos ouvidos palavras de amor. Poderei pisar as uvas do teu fruto para mais tarde colher o sumo da vida e no altar da vida dize-lo e cantando que para mim já ficaste porque só fica quem já me chamou nas intempéries da vida. Porque passou no quinhão da alma e lá ficou. E assim entras no meu refugio deixando meu corpo despido na nudez ferido mas feliz por te encontrar, não sei se algum dia em vida te poderei revelar segredos ocultos suspiros e salpicos do quanto quero tua mão, e sei que nessa hora nesse instante de momento em que as nuvens chovem em nos, em que o corpo molhado quer dançar que me entregas tua morada teu quintal para nele lá habitar. e eu olho em ti na face da lágrima perdida e coloco meus joelhos que tremem na tua presença no solo da terra e levanto meus braços aos céus e agradeço a DEUS tua presença na minha vida, e minha face revela a luz que te quero dar qual vela apagada que agora foi acesa num momento de perfeição no uno de dois seres entre risos e gargalhadas e choros de clamor no mais puro sentimento de respeito no amor.

Perdão

Não são chuvas de lágrimas
Em tuas velhas memórias
Porque as tempestades são de paixão
Neste caminho deserto
Onde o sol nos queima a alma
Onde tudo flui ao toque do olhar
Em segredos escalados
Montanhas esculpidas em cores de preto e branco
O riso dos pássaros
Trazendo consigo as flores da paz
Voando no mar oculto
Na gruta profunda
Onde guardas te teu amuleto
Sigo teus passos
Carrego tua alma no peito
Trepo as trepadeiras claras de teu cabelo
Toco teus domínios
Solo sagrado
Onde me ergo depois de contemplar tua historia
Em guerras contadas
Mitos quebrados
Vasos de sangue
Vinhos do amor
Em alguidares castos
Em violinos dragando a morte
Pois és vida
És sangue oculto
Que corre nas veias
Nesta cidade de anjos
Onde entro com o peso
De quem procura perdão
De uma vida perdida
De uma vida sentida
Que procura caminhos novos para andar.

Carta ao Desconhecido

Onde esta tua pegada agora, não me deixes caído no chão foi teu vinho que me deixou sem força, não me deixes caído no chão no veneno do teu corpo do escuro da solidão, não me deixes ficar mal na hora que me espreita para em vida cessar, ainda guardo o fogo em teus lábios húmidos no salgado de um mar que em corpos despidos ousei lá entrar mesmo sabendo que não eras meu canavial, é este o grito de alerta que lanço ao tempo, por entre paredes fracas por entre portas abertas.




É nas frases secretas que escrevo tua vida em meu abraço num livro perdido no papel escondido que em ti sempre vou guardar, não fiques agora no passado nem no presente se esse teu momento, parte e leva tudo por agora, a vida também me vai sorrir e vou crescer a meu tempo e vou ter caminhos de tropeções e vou suar lágrimas de sangue escorrendo em meu corpo, tudo me podes levar menos a liberdade de viver essa não podes roubar pois nasceu comigo. No primeiro dia que acordei para te amar. No fruto amargo que provo minha dor entre campos minados em refúgio da corrente que se abate sobre mim, oh céus em que nuvens escondes a luz e que montes em que vinhedos entre flores silvestres se esconde de mim teu dom supremo qual guerreiro de luz em busca de lembrar para não esquecer, nada levo comigo mas tudo levo dentro da alma, levo boas novas pombas brancas e gaivotas andorinhas e navegadores sobre meus ombros tenho os querubins que me guiam no caminho nos céus as estrelas.




 Pulam de alegria para me tirar a tristeza, vou como o homem que não dirige o seu passo...não sou eu que dirijo o meu, mas sei que tudo é difícil antes de o poder tornar fácil desta aurora que me apresento que construa a nossa tábua do salvamento paga com meu ultimo fôlego, qual moeda douro perdida entre tesouros escondidos que o céu me deu, olha para o lado sou eu que te chamo das brumas do flagelo querendo tua mão para em ti ficar, fico prestado no chão na pedra do rio que me ousou confessar o que é não saber amar.sim porque pior do que não ser amado é não saber amar, entre salpicos de águas coloco meus joelhos no chão e choro junto a ele no rio que fiz como amigo e que não posso abandonar, pois tudo flui tudo se movimenta com a velhice no horizonte e ai só resta aquilo que deixamos para traz com nossos actos com nossas palavras e se podermos ser lembrados como alguém especial então ai teremos encontrado a razão da vida.

Amar de Olhos Abertos

Na minha busca constante pela vida
Tenho trepado as tuas encostas
Alcanço as vozes da tua alegria
Tenho construído o sonho através da dor
Entrado nas crateras cavadas da mudança
No meu jazigo mora o amor
No meu jardim cultivo a mais bela flor
Cuido do amor libertador
Sujo minhas vestes
Para me poder limpar
Para trilhar o caminho
Para renascer
Lavro minha alma para em ti mudar
Afasto o pecado impudico
Choro com lágrimas
Derramadas sobre o mundo
Olho com olhos de quem quer mudar
Amo-te de olhos abertos
E tudo a minha volta se transforma em cor
O espírito cria a melodia em meu corpo
O batimento e lento para não falhar
No meu quintal tudo treme mas não cai
Pois tu és meu pilar
E findo com vida, volto a viver
Não temo a extinção
Chorar de dor, sofrer com amor
Temo sim não habitar a minha existência a teu flanco.
encontros secretos
de paixões incertas
abrindo portões de grande porte
cada palavra um sentimento
cada frase uma lembraça

Pensamento

A este ritmo corremos um serio risco de morrer sem ter vivido

novos pensamentos

Do leito do meu cansaço
acolhido pela solidão
desafio novos sentimentos
desenvolvo novos pensamentos

pensamento

com que sentido se retorna vazio
de peito aberto
entre o encontro
deixando para traz o que foi descoberto

quem se entrega ao desconhecido sem calcular as perdas
quem caminha sem saber que chão pode pisar
na entrega é preciso não ter medo de viver
ter força de querer

não ha passos lentos ou acelarados
apenas passos
passos que se dão ao sabor do vento
ao encontro do amor

Pensamento

o mundo será pouco para dar
mas não encontrei a lua
nem encontro outra forma senão amar
amar porque amo
não porque quero amar

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sinto Falta

sinto falta do dia que me despedi de mim
sinto falta da amargura do dia da noite da ternura
falta do mar onde me encontrei
nas nuvens onde cedo me contemplei

sinto falta do sorriso
das lágrimas do sentido do improviso
o abraço carente uma mão por desflorar
do compromisso descontraído
sinto falta de cair e de seguida me levantar

memorias desejos guardados
armas por existir campos de flor em pleno elixir
falta de brincar de quem como somos soldados
amados perdoados entendidos portas por abrir

sinto falta do sabor a caramelo
das limonadas de verão
do amigo do escudo protector do elo
 noites passadas em serão

e o sol brilha
mas não da mesma forma
sem a mesma intensidade
sinto saudades das cabanas dos putos em sua ilha
sem saberem que o bom da vida e a mocidade

sinto falta de partir espelhos
de arcos e flechas piões e berlindes
das brincadeiras nos recreios

saudades dos que já partiram
dos que ficaram e nunca mais encontrei
das canções que cantamos
palavras que partilhamos
sonhos que seguiram

passo a passo
tempo a tempo
 sempre apreçado
sempre lento

cada golo uma vitoria
uma alegria ternura
cada defesa uma aventura
no fim de uma tarde no inicio da gloria

sinto saudades daquele olhar
da incerteza no amor
vontade de cuidar
o mistério a chama que nos envolve no mais estranho calor

sinto falta dos passeios de domingo
das gravatas cheirando a mofo
dos Invernos de guarda chuvas abertos
do bêbado mais um copo pedindo

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

AMOR QUE PRETENDES DE MIM

amor que foste com o tempo
algum dia voltaras
algum dia sentirei teus pilares
minha falta talvez sentiras

na tormenta
na agua que te benta
no sorriso que te aperta
no infinito que te desperta

se amei o amor
porque estou sozinho
se perdoei o amor
porque não sou perdoado

qual piano em silencio
nesta luz de te ver
e não te ter
amor porque me traíste

amor porque não me quiseste
porque não me sentiste
porque tornas te a mentira como tua verdade
e se não me ouviste como ficaras

tu que me escolheste para amar
sendo o primeiro a me abandonar
na solidão sem sentido
sem designo
quem se pode em ti acautelar

qual bebida que me entristece
qual desejo que me transcende
o amor sempre acontece
e sempre que vem te enlouquece

porque me matas lentamente
consumindo minha alma
amor que me amas loucamente
tirando-me minha calma

não são nuvens
nem canaviais
nem ternuras banais
nem penseis que me enganais


amor porque me desfloras
tirando a pele em corpo
e minha boca adoçaste com amoras
e no entanto hoje comemoras

minha derrota
minha solidão
porque me fechas a porta
e me conduzes contra-mão



sentido vivido
a ti me entreguei
ate chorei
nesse amor sentido

que pretendes de mim
soldado derrotado
se me deixas
assim para sempre ancorado

Cantata

cantata do sonho
entoado em amor maior
vida eterna
paixão acesa

sonhar arte de amar
envelhecer ao luar
céus abertos ao coração
arte florida alma sentida

cantata escrita pela mão divina
sonata jamais escrita
pauta por terminar
lágrimas por derramar

cantata perdoa nossos pecados
senhor aceita nossas lamentações
perdoa nossas falhas
nos que somos pó

que seja feita vossa vontade
por toda a eternidade
cantata para o senhor
agradece a vida

sonata cantada
eis os dias do senhor
eis o estigma de seu povo
e foi aberto o sétimo rolo

e quem possuirá a terra
o justo e pecador
todo o malfeitor
só jah saberá

senhor
tu que és o principio e o fim
cuida de nos pecadores
abraça-nos em teu conforto

cantata escrita
em tua melodia
louva os céus
morada de jah

cantata divina escuta as trompas
teus violinos ao mundo
que carece de amor

o homem do vento.....o vento do homem

o homem do vento
dança através dos tempos
 não tem morada
casa ou assoalhada

o vento do homem
não tem natalidade
uma primavera para desflorar
 caminha sempre sozinho

entre os campos por brotar
não traz tesouro
riquezas ao mau agoiro
caminha sempre devagar

o homem do vento
é alto
mas no entanto
não chega onde quer chegar
nem sequer lembra quem quer lembrar

o vento do homem
é forte e estridente
é eterno e carente

é um coração
que se transforma
em esperança de viver
vinho que se bebe sem razão

videira podada
por quem mais alem quis ver
bandeira saudade
difícil de reconhecer

o vento do homem
é silencioso
astuto e doloroso
com feridas por curar
em promessas de um altar

eterno entre um pequeno soluçar
o homem do vento assume chorar
nunca vem para ficar
e acorda sempre sem se deitar

o vento do homem
não guarda o amor que tem para dar
o homem do vento sabe que não foi feito para la ficar
o vento do homem sabe que amor só é amor quando o pode dar

retorna sempre a quem o acolheu em sua morada
reconhece sempre quem o levantou na sua queda
nas tempestades da vida na dor que consome

o homem do vento
o vento do homem
é o tempo parado
a viagem para o interior da alma

uma proa forte mareando
procurando ternura entre as nuvens
ser rei sem reino nem esplendor
construindo um novo mundo no amor

NOCTURNA

em seu belo leito nocturna
cor única de paz
nocturna de lua cheia
sem corpo de quem anseia

nocturna entre a magia
de um malmequer plantado
colheita de sabores
de namorados tornados amores

nocturna da alma carente
e de estrelas reluzentes
espalhando a mensagem
 tornando o coração ardente

nocturna de palavra singela
de morada aberta
de estrada incerta
pintura escrita em aguarela

nocturna sem dono
mais livre que sua própria liberdade
senhora de amores
derramados pelas chuvas de outono

nocturna mulher de desejo
quem seduzes em teu corpo
com quem te deitas
sem pecado em cada noite

nocturna quantos amores já esquecidos
quantas almas já feridas
por capricho ou prazeres divididos
no sacrifício de teu corpo satisfazer

nocturna de ninguém
de beijo em flor
nocturna de todos
entre um e outro amor
nocturna sem rumo
sem barco ou remador
nocturna que tanto procura
 nocturna que nada encontra

domingo, 19 de setembro de 2010

colheitas de amor

Salpicos de súplicas
Atolados nas gargantas
Colhidas na primavera
Com mãos de calosidade
Em labutas constantes pela mudança
Desvendo nossas vidas
Com mãos trémulas
Em entrega nos teus pés
Lanço as garras a estrada
Da nossa existência
Penetro toda suspeita
Com minha mão
Talho o nosso amor cuidado
Numa escultura sem cor
Falo a alma por de traz da terra
Sujo a cara com poeira
Levantada em suor
Forço o temporal
Acalmar em nosso corpo
Não te deixo afastar
Tento salvar toda a plantação enraizada
Pois em ti estou a morar
Não perco teus movimentos
Não fujo ao teu olhar
Termino a colheita
Das uvas em teus olhos
Vindimo nosso amor
Transformando a fantasia em alegria
Ceifo as curvas de teu corpo
Com dedos dedicados
Cravejo a tábua da nossa dor
Guerreio toda a nossa felicidade
Nos campos verdes do nascer
Coloco nas malgas
O vinho do amor
A brotar
Servido em mesas sem cadeiras
Sentados de pé
Falando em silencio
Com relógios parados
Escrevendo em branco
Pautas singelas
Em olhares de conhecimento
Unimos nossas mãos
Para a nossa colheita de amor.

Não deixes passar a vida

A melodia é o teu olhar;
Acompanhada pela sinfonia da mais bela sonata tocada;
O seduzir de uma flauta em harmonia com teu rosto frágil;
Não posso cantar pois minha voz treme no toque das tuas mãos,
Não posso tremer pois teu corpo sente;
Mas posso reluzir;
Deixo o meu brilho da minha alma sair,
Na verdade te mostro o horizonte,
Um caminho, um trilho de vida em união
Do toque a dois,
Em partilha, no desejo,
Transformado em loucura seria e sem maldade, assim sinto teus lábios,
Húmidos, em ardor da paixão serena,
Das palavras silenciosas
Sem sinais falados, em papéis escritos em branco para que tudo se possa transformar.
Em teu corpo suave entrego meu pensamento,
Para que possas sentir o meu ser,
Mareio ao som das tuas palavras,
Quero remar na mesma busca
Não temo fundear
Em teu sorriso sei que serás capaz de marear
Enfrentaras as intempéries de uma existência sofredora que a muito aguarda para com alguém ser vivida.


Não deixes passar a vida,
Entra em meu olhar,
Eu sei,
Não a deixes sentida,
Deixa teu semblante tremer,
Abre os olhos para te mostrar,
Pois o amor quer sempre caber,
Em cada lembrança.

Em plena satisfação dos nossos abraços o sentimento cresce como agua que seca no deserto escaldante.
As gaivotas também fazem os voos rasos em altitudes nunca escaladas, o amor supera
O dor vai-te embora, sucumbe no mar,
Soberana vem cá, agarra minha mão,
Faz de mim o teu roseiral,
Faz de mim o teu olhar,
Deixa me ser o teu beijo nesta noite de inquietação,
Que o pesadelo nunca apareça,
Que se mantenha escondido,
Que possa eu ser teu sonho, que seja entoada tua voz,
No teu corpo primaveril que as almas se façam ouvir, que sejam Entoadas as trompas do amor, que comece a dança da exultação.
Que se façam ouvir os ate então murmúrios de paixão, que se modificaram em amor.
Que tua pele sinta o amor de uma lágrima em justeza vertida

sábado, 18 de setembro de 2010

ESTIGMA DA CHEGADA


Não fui eu que curvei as linhas tortas,
nem tão pouco toquei os céus,
não escrevi por entre palavras soltas os murmúrios de DEUS,
não subi montes entre montanhas de afecto,
nos estigmas que a vida me deu como alimento,
na verdade ainda procuro entre sorrisos abertos a porta do meu caixão,
e não fiques triste porque não derramei sangue,
e não desanimes porque não entrei em batalhas injustas,
sou guerreiro de luz ofuscado pelo nevoeiro da madrugada,
por entre manhas de chuva gelada Cabinda na minha face,
nas luz das estrelas que me conduzem entre estradas marcadas pelo tempo,
ainda guardo teu abraço para te entregar no dia da chegada,
nada muda, tudo fica e nada é esquecido,
como poderia esquecer teus cabelos por mim contados um a um,
como poderia esquecer o amor que derramas te em minha alma,
sou louco pois criei meu próprio mundo , para mudar o que é impossível de mudar no desgaste do meu corpo te entrego meu espírito,
cuida dele não deixes meu coração quebrar pois nele contem toda uma vida ,contem lugares marcados para todos que guardei morada, não o deixes cair pois é frágil e guarda todos os que me são queridos e não posso correr o risco de os perder,
a ti te confio o meu maior tesouro toda a minha aprendizagem como ser humano, mas ainda faltam novas experiências entre virgulas e pontos finais de historias que ainda não contei de livros que ainda não escrevi, mas tudo esta gravado em meu peito para que conheças meu semblante,
na hora que me espera no incerto que uiva em meu ser no luar que ilumina minha chegada.
 
quem te viu a chegar
com esse sorriso no olhar
bem pequeno
indefeso sem falar
cheguei mesmo em segredo a chorar
a Deus pedir para te guardar
foi um prazer em meus ombros te carregar
contigo poder aprender
como é amar
Esta noite de mim vou esquecer,
Vou procurar todos aqueles que me fizeram forte com seu amor,
vou visita-los como um ladrão da noite,
vou limpar suas almas,
visitar seus pátios e casas,
soltar seus sorrisos,
vou largar felicidade entre todos aqueles que conhecem o dom supremo.
vou atirar ódios entre oceanos,
fazer pinturas de guerra,
e dizer a todos que sem eles a vida não tinha cor
que sem eles nada importa,
vou dizer que todos tenham o dom
o dom de viver com vida
o dom da união
o dom do amor
pois todos são únicos

Ficam Todos

Fica porque queres ficar,
na alvorada da manha que ainda vai nascer,
fica para nos tornarmos únicos,
na noite que entre com seu luar,
fica em minha mão,
para juntos modificarmos o impossível,
fica porque temos amor,
fica porque por mim fica quem já me chamou,
fica porque por fica que já chamei,
para juntos na tempestade colher as roseiras que plantei para quem quer e sabe amar,
fica que tem compaixão no seu semelhante,
fica quem chorou junto ao corpo caído do pedinte,
fica quem clamou a DEUS e não foi ouvido,
porque um novo dia esta a raiar entre a escuridão dos aflitos,
fica quem tem sede de amor,
fica quem tem falta de alimento espiritual,
fica quem quer mudar seu modo de ser lavando suas vestes na agua divina,
fico eu ficas tu amigos vizinhos famílias pobres aleijados pedintes,
todos são bem vindos a esta mesa,
porque aqui falaremos de amor porque aqui expulsamos ódios,
porque aqui fica quem já nos chamou lembrando todos esquecendo nada porque aqui temos guerreiros de luz guerreando no dom supremo limpando vossas caminhadas no amor.

Fantasia

Entrando na selva entre horrores,
pautados pelo ritmo de tambores,
de homens que gritam salvação e mulheres que pedem liberdade,
corro para não ser apanhado pelo meu maior medo,
não sei onde pertenço já esqueci minha morada,
mas as vozes chamam por mim,
sou aprisionado pela minha própria alma,
sou chicoteado pela vida ate ao sangue sair da minha pele,
nada sinto a não ser o amor que não sei onde o guardar.
meu corpo e despido lentamente meus pés descalços pisam as cinzas da paixão queimando a pele que guardei para te encontrar na minha busca constante entre as estrelas entre um olhar nas sombras das almas que me acompanham,
e não sinto dor por mim e não sinto dor por ti mas sinto tristeza pela mãe terra no seu choro de lamento para juntar a humanidade,
ajoelho meu corpo no solo sagrado de Sinai é me dada autoridade para montar minha tenda no amor supremo, e esqueço quem sou e não sei quem és nem de onde vens, mas venha quem vier por bem , pois faço jejum do pecado em 40 dias e 40 noites entre as garras do dragão,
levo preces entre mensagens cumpridas muros para derrubar nas intempéries de um sonho partido em pedaços de felicidade perdidas ao vento,
meu corpo não ira viver para sempre na alma infinita que treinei através dos tempos,
toco a flauta do chamamento para chamar os anjos do resgate,
suas armas são a palavra, seu corpo são seu espírito seu modo de vida e regido por um único sentimento o eterno amor,
sou lobo solitário entre montanhas descobertas as tempestades, sou criança em corpo de adulto tentando encontrar o caminho da luz eterna que faz falar minha boca entre linhas tortas escritas em papeis molhados pelas lágrimas da vida,
e tenho visto sua dor e tenho sofrido seu sentimento mostrando sorrisos entre lágrimas,
tua pelo são meus ossos teus olhos meu caminho teu beijo meu sorriso, teu cheiro são pássaros quem me acordam na felicidade da manha,
porque a alma também come do alimento espiritual,
não sou o retorno sou a vontade de continuar,
e também danço com as palmeiras que a mim são destinadas porque o mar também me mata a sede e a lua ilumina minhas pernas no rio que flui descarregando suas vontades sobre meus pensamentos criando atalhos na vida alheia ,
já subiste a montanha entre o ar que respiras colhendo as flores da primavera seguinte no canto do rouxinol que ergue seu ser na neblina do eterno nos,
não vou ceder ao teu encanto bruxa dos picos altos dos vulcões furiosos que não temem calem rei pecador na morte do justo,
pela maldade do falso profeta,
veste a armadura da verdade coloca o cinturão do amor,
diz vai e ele ira mas persiste no alvo,
porque somos a consciência do que pensamos,
porque só conheço dois tipos de idiotas os que pen

só a um tempo para despertar e esse tempo é agora,
sam que por ameaçar podem conseguir seus objectivos, e os que pensam que se não cederem as ameaças irão sofrer.

CAMINHANTE



Quero comprar um sonho
Para mais tarde esquecer
Quero comprar uma dor real
Para mais tarde saber que foi ilusão
Quero um abraço
Para crescer
Uma palavra para ser alguém
Quero a vida
Num sopro simples
Uma voz para me acompanhar
Não quero um mundo só meu
no tempo que não é amigo de ninguém
Só ajuda a retardar
Caminhante pelas trilhas do Passado
Viajante pelo presente
Navegando sem rumo ou Futuro
Ancorando um ontem para amanha
Abrindo os céus do agora
Atirando palavras ao vento
Cobrindo cada lágrima
Escutando cada sentimento
Caminhante sem demora
Caminhante na esperança

Casa Vazia

Minha querida agora que estas de partida
Nada sou mais que uma hora parada
Na realização dos meus sonhos
Uma casa vazia
Com suas portas abertas
Uma janela quebrada
Que não se move ao sabor do vento
Eu que voltei na data marcada
Recordação para relembrar a despedida
Eu estarei lá
Na derradeira jornada
Em que levanto minhas velas
Para um último sopro
Serei sempre fiel
Mas nunca saberás
Guardarei esse amor
Mas tu nunca o encontraras
E se uma vez fui teu porto
Não poderei mais ser
Estrelas estão caindo Sem sua luz
Falta pedaços da minha vida que tenho que encontrar
Que preciso percorrer
Mergulhar no profundo azul do mar
Entre tantos sentimentos ancorados
Na despedida
Nas ondas que acalmam
Os dias da saudade
Na loucura
De quem dorme no chão
Só para inculcar essas pegadas
Que nunca mais irei escutar.
E sem surpresas
De uma vida calma
Entrego meu coração
Ao infinito
E sem surpresas
Agarro o topo
E sem pertencer aqui
Agarro a primeira noite que se aproxima
Abraçando a meninice da lua
Grito no sufoco do silêncio
Tentando entender porque
O sol não quis em minha face brilhar
Abro cada garrafa
Saltando de bar em bar
Esta noite quero cantar
Encontrar um sonho de alguém
Que comigo possa partilhar
Dançar ate ao dia raiar
O vazio na multidão
Dançando contra-mão
Esperando aplausos
O salão vazio
Escutando todo seu silencio
Os claustros feitos no céu
Em forma de anjos
Querubins e suas asas
A dança já começou
Mas toda a gente quer ser a primeira
Que alguém me permita ser o ultimo
Pois vim para ficar
Neste salão toda a gente procura seu lugar
Mas não alguém que realmente se queira sentar
Chego só em companhia
Trago alguma palavra
Perdida em meu corpo
Chego sem ninguém dar por nada
Como a noite calada
A mulher de preto chega assombrada
E começa o festim
O homem que vendeu o mundo embriagando
Mentes fracas
Lobos ferozes em pele de cordeiros
E a dança continua
Ao som de um Serafim
Que desceu a terra
Sem nunca mais aos céus voltar
Afastem as cortinas
Abram as entradas
Os sinos anunciam
A chegada do rei sem nome
casa cheia
Vazia de amor
Mas não há lembranças
Nem nada de novo para lembrar
Há flores a perfumar este jardim
Fontes de água
Brotando pequenas luzes
Entre as almas
E tudo esta perto
E o dom do amor
Acaba de chegar
A mulher de negro se alegra
O homem que vendeu o mundo sai correndo
E a valsa é escutada
E o anúncio e feito
Fica que vem por amor
E as estrelas descem
E os céus se abrem
Reclamo meu amor
Fica perto para não te esquecer
Dá-me a mão
E juntos ver
Um novo dia a crescer
Em suas entranhas
Que a terra nos abençoou