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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Esperança

Uma gentil brisa que se abre
Entre as nuvens de tua beleza
Se é um sonho que seja para sonhar
Se for real que seja para ficar

O céu brilhante
Que te tentam iluminar
Numa quente tempestade pela manha
Nos trovões que te aconchegaram na noite que findou

Carinhosas brisas que te acalmam
Gentis asas que te abrigam
Nas ondas que nos acalmam
O sol que brilha pelo brilho da manha

O sonho que dança
Tão carinhoso tão forte
Acordando essa manha
Sem a chamada da paixão

Com o sol a chorar no deserto
Descendo a este do céu
Entre as vidas e os medos
Eu te chamo por mim
E tu me chamas por ti

Que vida é esta que nos expulsa para longe
Que vida é esta que me deixa sem palavras
Que vida é esta que me enche o coração
Só quando estas a meu lado

Na esperança de em ti ficar
De em mim ficares
Mas se for em um sonho só para sonhar
Saberei quando acordar que terei outros para concretizar
Mas não vou desistir
Ate que o sol se esqueça de nascer
E se isso acontecer
Só terei de novo que renascer
Na arte do amor
No saber viver

Brando e sereno

Brando e sereno
Esse momento
Em que teu corpo deixou de ser um segredo
Tornando-se um novo alento

Entre os campos verdes da passagem
Entre olhares que se esquivam a miragem
Rochosas escarpas de paixão
Escorregadias a qualquer emoção

 Quando o céu desce a terra
Tornando cada pensamento meu apenas teu
Apenas uma luz simplesmente brilhante
Na vergonha de seu ser

Alcance inalcançável na beleza alcançado
Nesse tempo sem ninguém
No teu presente
Nesse beijo demorado

A primavera que chega após um ano
Entre as árvores da vida
Nos ventos da mudança
Não sendo apenas mais uma noite
De nudez do amar
Mas sim a noite

Que preserva
Que se acerca
Em círculos
De rosas maduras
E ate o mundo que só tem duas mãos
Perde a razão
Petrificado
Ao som da melodia
Quem canta?
Quem dança?
O amor

E no erotismo de uma mulher
Em sua plena sedução
Chega o homem em forma de paixão
Entre o desejo de ter e querer
Apenas amar
E se fosse eterno seria só teu
Mas também seria meu
E saberia em que maré navegou
Esse teu ardor
Saberia distinguir o prazer da dor

E apenas ficaria mais um sol
Mais uma lua
De uma noite de estrelas ao luar
Talvez ate te olhar
Ou ate contemplar
Mas prefiro dizer que seria
Para partilhar
Esse segredo de amar
E desvendar
A terra e alma em seu interior






segunda-feira, 29 de novembro de 2010

tua face me esqueci

Boca fechada
Corpo caído na calçada
Um sentimento
Uma única estrada

Saio pelo caminho
Inseguro
Sem me sentir maduro
Sem alimento ou abrigo

Apenas te traga em meu peito
Apenas relembro aquilo que em ti não aceito
Desespero por de ti falar
Alegria por ter esperança em te encontrar

Durmo na calçada
Sem uma única palavra soltar
No amor que é sempre amor
Não é o primeiro
Nem o derradeiro

E a chuva me cobre as lágrimas
Brotadas a um vento qualquer
No que me retarda o encontro
De qualquer hora por parar

Onde só encontro esse teu secreto lugar
São apenas dizeres
Pequenas e distraídas
Sensações de prazeres
Que nos levam a novas recaídas

E eu te escuto por escutar
Pois tu já queres ser escutada
E eu te beijo por beijar
Porque tu já não queres ser beijada


Não sei que te aconteceu
Que sonho te morreu
Que sentimento se esqueceu
Neste amor que doeu
 tua face me esqueci
E essa dor de não saber teus traços
De não saber teus passos
Me deixa deitado ao frio
De um relento
Onde não tenho conhecimento
Da verdade em forma de mentira
De um corpo gelado
Que morre lentamente no inverno
A espera de ser aquecido por ti

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Meu corpo ainda te espera

Meu corpo te espera
Nesse teu passo brando
Como nunca te tenham feito a pergunta certa
Nesse teu passo que acelera
Nunca a vida me disse que era incerta

Eu chamo por ti
E tu respondes de palavra aberta
 me escreves na parede deserta
Porque não estas aqui?

 se meu corpo se demora
Se alma se vai embora
Traindo essa tua demora
E se o céu se destrói em gloria

Corrida do agora
Em tua morada
Te beijo a desgarrada
Na face descartada

No raiar da alpendorada
Outrora casa fechada
Que a mim se abriu
Para ser habitada

E Meu corpo ainda te espera
Nesse teu passo brando
Como nunca te tenham feito a pergunta certa
Nesse teu passo que acelera
Nunca a vida me disse que era incerta
Em teus braços com nossa porta aberta
Ao amor que nos acerca



terça-feira, 23 de novembro de 2010

carta de amor

Me desculpa não saber bem
Mas sou qualquer coisa escondida em teus cabelos
Entrando em teus pensamentos
Escutando esses apelos

Sou o sonhador
Que sonho em teus sonhos
Fio condutor
Entre a alma e o amor

Sou quem te deita
E te torna menina
Sem mesmo entre ti
O  possa saber
 Nesse teu clamor

Talvez seja uma pequena estrela
E viva nesse teu amanhecer
Talvez seja apenas aquele desconhecido
Que sempre foi conhecido sem mesmo saber

Me desculpa não saber bem o que dizer
Nesse infinito do teu pensamento
Mas reconheço que cada dia é bom para te reconhecer
E me tornar eterno nesse teu silencio de encantamento


 


Se a vida é só um olhar,
Se é só um testemunho de dor,
Não mais vou querer voar.
Nunca mais vou querer sonhar no amor.

Voa por entre os mares da vida,
Entra nas crateras da alma,
Escala os pilares dos sonhos,
Não desvigores o espírito,
Retém a chama do amor viva.
Não perdures parado, compõe o sonho.

Faz entoar a voz da verdade,
Sente a luz da terra, em conciliação da lua,
Deixa o sol brilhar no teu corpo,
Deixa o cheiro da vida drogar a morte.

Sai e deixa o teu coração viver, querer, ser,
Deixa existir amor,
Chama a sombra para reflectir no amor que move,

Nessa verdade almejo minhas emoções,
Tremo em teu corpo,
Sinto o ardor,
De uma vida já perdida,
De uma vida já vivida,
Que foi recuperada com lamentos,
De uma alma sofredora.

Meu anjo serei, eu digno de ti?
Das tuas palavras da tua dedicação da tua saúde.
Serei digno da tua vida comprometida, na ajuda eterna.
Serei eu que não.

Em teus olhos mora a verdade,
Almejo alcança-la,
Aspiro toca-la abraça-la.

Vem meu anjo,
Permite-me ser teu,
Concede-me amar-te
Deixa sentir-te
Quero vive-lo,
Afecto em ti com vida  cessar.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Miragem

Miragem
Da abordagem
Do rosto sem rosto
Altura sem altura
Amor por escalar

Quem te traz na alma?
Quem te guarda no coração?
Entre demónios escondidos
Segredo por falar

Vozes que se querem revelar
No eterno eu
Que te perseguem
Que te querem ignorar
Neste lado da vida só teu

Escuro, este escuro
Cinzento no sobrealimento
Que língua fala tua voz?
Mas nem sequer te censuro
Fruto maduro

Dos jardins por erguer
Árvores do conhecimento
Do poder
Do querer saber
Eis meu jardim!
E teu é meu
Se nele souberes caminhar
São trepadeiras
Essas!
Velhas glórias
Historias que escrevemos
Ao amanhecer
Desse amor
Dor qual dor?

Se eu te amei em liberdade
Se eu teu nome gritei
Se teu corpo eu pintei
Com tintas eternas

E os caminhos são eu
Na mais nobre vitoria
Em de ti cuidar
Minha boca não tem lamentos
Meu corpo e imune a ferimentos

As birras de contratempos
Porque a terra e o complemento do céu
E não somos apenas pequenos momentos

Não viste o canto da lua!
O mar a chorar?
A terra a tremer
Tudo por não poderem amar

Então porque persistir parado
Em um mundo que galope a uma velocidade estonteante
Compõe o sonho
Se revelação
Uma nova sensação

Dorme acordada
E se o sonho te vier visitar
Será uma realidade
Sem retardar

Eu serei amor
Minhas palavras serão amor
Minha alma amor
E tu?
Serás apenas dor?






terça-feira, 16 de novembro de 2010

pensamento

não temo não conhecer a morte, mas temo não ter conhecido a vida.

único e grande cabrão

 Sou amigo de toda a gente
Mas não conheço ninguém
Alias não falo para alguém
Sou assim carente
Recorrente

Se te vir em aflição
Sou o primeiro a não incomodar
Para que querer ajudar
O problema não é meu
Toda gente me sorri
E me estende a mão
Enquanto no meu íntimo
O chamo de cabrão

Não digo alto
Não gosto de magoar ninguém
Bom dia João aceno eu
Do outro lado
Não me chamo João
Mas sim José
E mais uma vez digo
É isso
És apenas mais um cabrão
No trabalho sou o melhor
Ate porque só me ajudo a mim
Não sou ditador
Mas gosto de falar dos outros
E troco tudo por uma boa manipulação

Para mim tudo é cabrão
E só eu
Sim eu
Arnaldo das beiras
E que sou bom

Moro numa rua simpática
De respeito
Ate porque caso contrario
Utilizo logo meu calão
E digo logo pouco barulho seu cabrão

Sou bem-educado
E ninguém me bate a porta
Gosto da solidão
Talvez porque o único
E grande cabrão
Seja mesmo eu

Escrito por Arnaldo
Memórias de Arnaldo das beiras

Divagar

Salpicos de súplicas
Ao raiar do dia
No que depende
O dependente
Abrangente
Sereno
Eis o coração do carente

Eterno só o eternamente
Desconsertado
Eterno, esse
Amor mal amado
Imaginação
Essa não vem do coração
Pensamento que nos prende
Imaginação
E tudo menos coração
E alma viva
Tocando o céu com a mão da terra
No elo perfeito

Testemunhos de verdade
Lágrimas de saudade
Qual altar abandonado
Após a cerimónia encerrada

Mentiroso, caluniador
Impostor
Qual ladrão
Que rouba a pureza
Do puro coração

Luz que se apaga
Luz que te desvia
Ser querer
Mania do tudo saber
Mas quem sabe que nada sabe?

Quem sabe que tudo e um labirinto
Encoberto
Distinto
Faminto
Quem voltou ao amor depois da dor?

Eu serei lutador
Campeão da mentira
Se for necessário
Para o caminho da verdade preparar

A lição é simples
Entre pernas curtas
Para gigantes
Saber perdoar

E nada tenho
Mas tudo tenho
Imperfeito porque sempre aceite
Que serei eterno pecador
Mas terei que ser escravo da dor?

Sim
Vou divagar
Vou sonhar
Entrar no alto mar

Vou jurar ao amor
Não que não irei pecar
Mas que irei tentar
Ser pequeno em pernas grandes

Sim vou-te humilhar
Repudiar
Mas também te irei ouvir
Escrever cartas

Cartas de amor talvez
Porque não?
Vale sempre a pena tentar
Perfumar esse momento

Estarei atento
A essa condição
De eterno errante
Aceno-te agora
Por que no futuro quem sabe?
Se te perder
Guardarei este momento
Do aceno

Agora rodopia
Salta e brinca
Casa vazia
Que chora e grita

De portas abertas
Ao incerto mais que certo
Para quem lá entrar
Apenas aprender
Que no amor tudo vale
E tudo é apenas uma palavra
PERDOAR

domingo, 14 de novembro de 2010

Sou demente


Sou intransigente
Obtuso e rabugento
Sou pouco mais que inteligente
Sendo eu demente

Por ouvir essa verdade
Que nada mais que falsa é
Sou demente
Por de ti ser dependente

Rindo, mas rindo mesmo
Alegremente
De quando me tornas num palhaço
Espaço para o qual me afasto

Subindo degrau a degrau
A escadaria que me leva a dor
Sei bem que sim nesse teu sim de não
Não sabendo se é amor

Sou demente
Me torno um ditado
De uma palavra
Que solto
Emigrado do meu tom
Mais calado

Sou demente
Rejeitado
Amputado
Calejado em teu corpo escravizado

Sou demente
E vagueio normalmente
Por meu mundo secreto
Onde tudo e aberto

Demência
Onde não existes
Nem no sopro
Nessa tua tendência
De me descartar

Sou demente
E cresço qual semente
Nesse novo lugar
Onde só entra
Que me quiser amar
Sou demente
Nessas paredes
Onde desenho
Um novo começar
Um miradouro
Que construo
Para de lá poder a vida olhar
Voar correr e saltar
Nesse lugar que e meu e teu
demente  de pernas para ar
No meu nascimento para amar
seja aqui ou em qualquer lugar
meu sopro quer caminhar
para a demência oportuna
como quem ama sem qualquer lacuna

domingo, 7 de novembro de 2010

Como qualquer português tenho o direito de reclamar!
Mas agora que chega o autocarro não sei por onde deva entrar,
Mas mesmo se conseguir lá entrar,
Onde me poderei sentar?

E divago horas e horas,
Vendo os autocarros por passar,
E chego a conclusão,
Que talvez seja melhor seguir de Pé.

A seguir de pé
O passeio é curto
E pode sempre surgir o herdeiro
Para reclamar a fé

 Aparte por aparte
Decido descalçar os sapatos
Ai que cheiro!
Gritam os putos
Com os pés lavados no chão
 Simplesmente me agarro aos sapatos
Com os pés descalços
Sorrindo para os abstractos
E sigo meu caminho
Cantando alegremente.

Alma do Povo

Oh alma que cedo de mim partiu!
Se partiste foi porque quiseste?
Aflorando meu corpo em prisão
Ferida que em mim abriu

Alma, alma!
Por onde escondes?
Não de encontrão
No sótão da minha solidão

Quão cedo te foste
Ao encontro do vazio
O alma que partiste
Em pés de abrote

Há esse silêncio em mim
Na alma que partiste
Esqueceste de mim?

Alma naufragada
Que nem pode ser salgada de salvar
A tristeza dessa certeza
É que não tenho a repesa
Nem se de mim te despediste

Oh alma, alma
Que cedo de mim partiste
Nem o José
Quando toma seu bagaço
Escuta teu cansaço
A porta do café

E a Dona Antónia
Ainda espera tua chegada
Relembrando tua partida
Qual bravo pescador

Oh alma, alma
Que é minha
Mas também do povo
No mar que nos Aguava

Se moras no meu centro
Porque não encontro
Teu suspiro
Quando a guitarra
Toca meu retiro

Ai Dona Antónia Dona Antónia!
Eu respiro, eu respiro
Respirada sem precisar
Chamando a alma
Para a nos se juntar
Ai Dona Antónia
Ainda ontem disse ao José
Que essa  alma é tudo
Que se vê
Mas o José retorquiu
Viva Portugal!!!
Que a alma e banal
Tomei o café e sem abrir meu silencio
Me retirei do José
De saída desse café
Onda a alma não estava escondida
Me encontrei com a rua
Entre lampiões
Que só gastam e nada dão
 procurei
Essa alma e uma pequena estalada

Alma, alma que me acalma
Levei essa estalada
Porque retirei uma
Palavra ancorada
E foi logo mal empregada
A uma garota de esplanada

Mas não tenho medo de me embalar
De construir a saudade perdida
Alma, alma
Eu só te quero encontrar
Podes voltar
Estas perdoada
E nem pelo povo
Serás censurada

E me embalo novamente
Por esse passeio
Por essa rua recorrente

O José sai de traz
Que eu também sou gente
Povo, povo
E neste lodo que se tornou Portugal
Que me afunda a alma em tal temporal
Que o mar se acalma
Pedindo essa alma

E se a lavadeira
Não serve para rouparia
O capitão perde a alma
no vinho da mascaria

E depois da garrafa vazia
Tal e qual o corpo
Quando cheio apreciado
Quando vazio desprezado
Agora porra que porra?
Porque também me faz falta
Que alguém possa animar a malta
Oh Dona Antónia
Por acaso se vir a alma
Peça-lhe com calma
Para me escrever
Porque vou viajar para a alma procurar
E assim me despeço da alma
Da Dona Antónia com um beijo
De muita calma
Sem lágrimas para recordar
Na alma que cedo de mim partiu
Se partiu foi porque quis
Que cá eu!! vou mas é ser feliz.

Porque a morte não sei se é grande ou pequena,
Mas!! A vida sei que não é eterna.

PS:

        José atenção às diabetes não bebas tanto café senão tua alma um dia perde a Fé.

       Dona Antónia se a alma vir, lhe peça para me escrever a sorrir

       Quanto ao povo vou-me embora porque já não a alma que te aguente.