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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A glória passou

Não existe nada que possa escutar

Primeiro se ouvem os aplausos depois as vozes angelicais no meu sono profundo, a orquestra divinal atinge meu coração enquanto durmo por tanto tempo para encontrar a verdade, alguma… mas alguma vez libertarei? Libertai a minha alma destas correntes, leva meu coração, leva minha alma se for para encontrar um caminho uma escada, um pilar ou uma erva daninha em que a vida ali habite. Chorar para que? A glória passou, e sempre estaremos presentes nos ausentes de um coração angelical. O sono é sedento de uma vida perto do arrepio das emoções de quem olha para trás, eis o vosso assassino criado no vosso próprio sonho ardente de amor e saudade que o leva a vingança no pensamento que se torna real e da lugar a escuridão afagando a luz. As vozes cantam mais alto a orquestra sangra a alma na mais bela melodia humana e se isto é o fim, que seja o início do arrependimento do descer e cair para levantar entre gigantes e monstros habitantes nos vales distantes já alguém viu a terra parar de girar sobre o assassino do mundo? Então que sejam teus dentes cravados em meu espirito e tuas lanças em meu coração, tomarás então meu corpo, tombaras então meu espirito, mas nunca terás o comando da minha alma, pois nessa viajo sem velas ou arpão, sem barco ou bussola, sendo eu dessa eternamente capitão. Sendo assim se não tens olhos pisa meu chão e caminha comigo até anoitecer, eu te prometo honradamente te enfrentar na força que se aproxima, no mundo que não confio, posso agarrar-te e a ti a estaca curvar-te mais uma noite de olhos fechados, lado a lado e se eu não conseguir mais alguém irá pisar meu chão, mesmo não tendo a certeza do que estou tentando, o arrependimento que é mais forte tomando o leme negado, e eu te grito, e eu te afasto assassino inato do que tu queres ser em mim, porque ainda não é tarde, querendo eu tentar entender porque apenas me tentas abraçar, quando simplesmente me podes apenas abraçar e nada tentar, enquanto esperas minha querida o assassino esta a velejar tentando meu sonho nosso sonho roubar e esta noite entre a espada do medo mais uma vez neste mundo que não para de girar honradamente o ousarei enfrentar!

E por esses não quero nunca me deixar guiar

Estaremos realmente desprotegidos
Sem abrigo nesta gruta ao relento
Entre os uivos e rosnares dos demais
Seremos nós os em alma, sem abrigo

Seremos medos vencidos
Tomados pela força que se oculta
A mentira tornada verdade
O ódio que falsamente se esconde no amor

A luz sem luz
Que apenas reflecte
Nossa sombra
Como uma vela extinguida

O princípio da despedida
Em que o medo tudo lidera
A esperança sem esperança
Uma viagem só de ida

A saudade do sorriso
No momento que a lagrima é vertida
O rancor contido em cada palavra
Uma arma que dispara sem cessar sobre corações

Auto suficientes
Do auto insuficiência
A derrocada do céu
Engolido pelo mar
Ou uma pedra
Que salta sobre as águas

Sem coragem para gritar
Na minha, auto insuficiência
Se houver alguém puro
Que urgentemente possa
Meu corpo libertar
E meus passos guiar
Será sempre bem vindo!

Ouvirei risos
Dos que tudo sabem
Sem nada nunca concreto apresentar
E por esses não quero nunca me deixar guiar

Cresce a teu tempo

Se apenas poderes brinca
Salta o mundo e corre sobre as nuvens
Come chocolates
Que não existe nada mais nobre

Que um sorriso puro e doce
Faz magias, constrói castelos
Salva princesas
E brinca com dragões

Deixa te levar pela imaginação
E nunca digas sim a um não
Nem um não a um sim

Se birrento e atrevido
Pergunta tudo a todos
E deixa esse teu puro coração
Sempre soltar um sorriso

Cresce a teu tempo
No tempo que for necessário
Sem comparações
No tempo que cada um precisa

Se mentiroso se isso for a verdade
E verdadeiro para a mentira
Solta beijos e abraços
Como quem lança balões aos céus

E quando atingires o verão da vida
Que sejas um cavaleiro nobre
Sem espada ou escudo
E que tua maior força
Seja um coração nobre

Filipe Assunção para ti David,Para ti Mariana os únicos que fazem meu sol brilhar!

Eis que venho depressa

As estradas estão fechadas os corações negados
O homem está assustado, como nunca assombrado
O rebento não nasce, o idoso não vive
O jovem perdido

Os céus estão fechados
Enquanto o mar nos engole
Rapidamente, tenebrosamente
Eis os miseráveis

Os filhos dos reis
Os poderoso de outrora
Caem sobre as vestes
Daquele que detém o cajado

Aquele que rejeitou os reinos do mundo
E ganhou a coroa universal
Aquele que era Arcanjo
E se tornou imortal

Uns se riem altivamente
Outros o esperam cuidadosamente
Para que quando o noivo chegar
A noiva tenha o óleo necessário
Para que a lamparina de luz não se apague
Iluminando a estrada as multidões

Para a união pacífica
De todas as raças de todos os credos
Sem filosofias ou palavras de tropeção
Seja feita a vontade
De quem legitimamente pertence toda a criação

“Eis que venho depressa, Amém! Vêm Senhor Jesus.”

Nas estrelas que o céu contém

Eu não quero chorar
E de nada serve implorar
Sobre as coisas que passamos
Joguei mais que todas as minhas cartas

Enquanto me encontrava em teus braços
Pensei que construiria uma casa
Em que a lareira nunca apagaria
Mas chegou o vencedor

E eu, só tenho dor
Mas não rancor
Te apartarei a mão
E sorrirei se assim for

Nas estrelas que o céu contém
Que agora são apenas um espelho para mim
Sabes bem que me esforcei
Mas não correu tão bem assim

E chegou o vencedor
Levando o seu premio
E fiquei eu o perdedor
No amor que causa dor

O vencedor se ergue
E o perdedor se verga
O vencedor não quebra
O perdedor fica no Adeus
Da existência perdida

Não levo a partida
Só a lagrima sentida
Não levo uma vida
Só uma metade perdida

Não sou o vencedor
Mais saio de cabeça erguida
Saio perdedor sem a brisa em minha face
Neste vida ,onde serei sempre um perdedor

No labirinto

No labirinto onde minha alma respira os silêncios são escutados, os beijos abraçam outros lábios e línguas se soltam numa língua universal, os passos são dados numa agonia singela no sangue que corre nas veias nas sementes que serão flores entre amores e espinhos correm os rios para o mar dos dissabores, fruto de rebento perdido pelas trilhas moleculares de um universo que se torna pequeno em tanta grandeza. O homem adeus me visita constantemente inspeccionando se o nó se encontra bem apertado se apenas respiro a saudade de quem já não vem, a mulher do ventre se afasta rasgando meu peito lentamente como um raio de sol que penetra minha existência na mais pura castidade, será castigo até se o que arde em meu peito não se transformar num a espécie de luz que me conduza mesmo que em contra mão para esta falta de moralidade. Sereno, serenos são os dias já passados pequenos baús de recordações contendo saudades e emoções já vividas. Pequenas partículas em forma de água que a chuva carinhosamente nos oferece como horizonte que se despe no frio que se sente em cada coração, vulcão que em erupção se apaga por medo de enfrentar a vida chamando-a de morte, existência fatigante desprotegida até! Oh fragâncias de outrora o cheiro da minha existência, o beijo de uma mãe a cara zangada de um pai que nem assim perde a ternura e Deus aquele que aprendemos no início como quem joga a primeira vez ao pião e agarramos sua mão com a força dos tempos, subimos montanhas caímos por escarpas e encontramos o mar, aquele que eu tanto gosto de sentir que me leva entre seu leito frio mas terno num silêncio profundo onde as cicatrizes são apenas sorrisos que se soltam como balões lançados ao vento no amor que ade chegar para todos!

xaile negro

Solta a sombra
Desse xaile negro
Conversa longa
De segredo em segredo

Rasga a alma
Cancioneiro de sonhos
Rasga a alma
Em teus olhos tristonhos

Fala a língua dos homens
Os sorrisos
As lagrimas
Dos medos vencidos

Atira tu as setas aos cupidos
Na saudade de quem ergue um poema
Ainda somos mortos vivos
Que da alma ninguém tenha pena

Nesta noite de açucena
Escolhida para a palavra soltar
Nenhum homem deveria mendigar
Nenhum homem deveria mendigar para sobreviver
Nas grades que foram feitas para janelas
Nas ruelas que foram feitas para caminhar
Sobre o altar, para orar
A quem, aquém das dores singelas

São eles, são elas
De amores e paixões
Secretas janelas do meu quarto
Onde confundo as confusões

Recriando a mais bela das condições
Falando a língua dos homens
Por entre lagrimas e sorrisos
Nenhum homem deveria mendigar

Os ossos que se quebram

Tudo é sem cor
Quando ninguém nos agarra
Tudo é sem sabor
Quando ninguém ama

Quem chama teu, esse nome
Que a alma tanto quer ouvir
Quem te culpa por ser podre
Afinal estamos a sentir

A pele que se estica
Os ossos que se quebram
O coração que se emancipa
O corpo que te nega

Tudo é tristeza
Quando ninguém nos sorri
Tudo é incerteza
Quando o sol não brilha em ti

Entre tantos invernos
O gélido calor da saudade
Dos loucos internos
De cada vontade

E a chegada das aves
Em pleno verão de emoção
No tacto das afinidades
Bate, bate, bate forte esse teu
Esse meu coração

Na alegria que não chega para assentar
Mas momentaneamente nos eleva para outro lugar
Onde podemos cantar e voar
Numa dança pular
E sonhar, sonhar
Que aqui ou em qualquer lugar
O ser humano se une para a alegria jubilar

E se o coração se extingue

Tenho visto os olhos a se fecharem
Bocas a se calarem
E silêncios, silêncios genuínos
Profundamente escondidos

Amores destruídos
Entre guerras
Sem vencedores
Ou vencidos

Tenho visto moradas perdidas
Entre passos, que se colam no chão
Entre a sujidade que ele contém
Em palavras ditas sem sensitivas

Os lagos onde habitam as lagrimas decaídas
Os rios que guardam os sorrisos
Que lentamente entregam toda uma vida ao mar
No desespero de quem perde o brilho no olhar

Tenho chorado o sofrimento
Cantado o alento
Navegando a alma
Qual capitão do meu próprio alento

Tenho visto o chamamento do deus
Aquele que não vem
Os chamamentos dos Deuses
Aqueles que não ouvem

O lamento de cada cerca montada
Em arame farpado que nos corta
E rasga o coração
Em cada dia galopante em cada cavalgada

E se o coração se extingue
A alma se esmorece
E se o pensamento cai
O corpo não se distingue
E tomba numa corrente
Sem saber para onde vai

E nada fica
Só a carcaça
De uma alma vazia
Que sofre a cada dia

Lavando a cara por ritual

Tenho sentido a vida
Como uma despedida
De tantas despedidas
Do que os olhos vêem
Castigando o profundo da alma

Tornando a cor incolor
O sabor sem sabor
No doce que se torna amargo
E a vida nos obriga a carregar um fardo

Cada vez que dizemos adeus
Separando o presente
Que se torna saudade
Aprisionando nossa liberdade

O sorriso forçado
Os passos dados sem sentido
O corpo nu
Que sem sentido é vestido

E as manhas que nada de novo trazem
Apenas o barulho do silêncio
Dos que nelas acordam
Lavando a cara por ritual

É solto mais um suspiro
De olhos fechados
É solto mais um sonho
Que não foi realizado

E é nessas horas mais ternurentas
Em que rogamos a compaixão
Em que nosso coração
Pula para ter alguém com quem falar

E a vida se torna presente
Como uma saudade
Contada a dois
Aliviando o profundo da alma