São esses olhos que
brotam
A maresia do
amanhecer
Se a vida se afunda
Entre a tempestade
Nos braços que se
estendem
E a vida deixa de
viver
Uma pequena flor
Plantada a beira-mar
Nesse cheiro nesse
odor
De ternura turbulenta
Rede num barco a
remos
Que retorna vazia
São esses olhos que
se enchem de alegria
Deixando soltar
pequenas lagrimas de dor
Corações perdidos a
deriva da alma
Espinhos plantados no
amor
Ressurgimentos de um
dia
Segundo a segundo
Sem pudor, despidos
ao luar
Enquanto tudo sem
lugar gira
Palavras secretas
Colaturas abertas
Picadas de insetos
Pelo verão de ti
Pedindo mais um dia
Em teus olhos
De comportas abertas