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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eis que ergo também, meus cornos

Resumidamente te pérfido em cada linha delicadamente és tu de mim que pinto
Eis que ergo também, meus cornos
e me relanço a qualquer cornadura madura
Não te colho já
Voltarei quando estiveres madura
Quando a chuva for sincera
E teus pés saírem da lama
Não te beijo agora neste dia de dissabor
Esperarei o mundo girar
Não serei eterno no eterno de ti
Nem firmarei promessas fúteis
Te beijarei sim quando o sol se deitar
Te amarei sim quando os oceanos secarem de tanto no rio chorar
e direi ao mundo guardo teus cornos
Pois eu utilizei os meus
Na liberdade que me foi concebida
Estas ai?
Oh faneca

terça-feira, 9 de agosto de 2011

suspeita


Olha que velho e apagado
Reluz seu rosto
Ofuscado pelo tempo, talvez?
Envelhecido pelo pecado?
Qual velho trapo junto a lareira
Que não se acende sem uma mão para acariciar
Suas fornalhas esquecidas
Me entristecem o peito
Em lembranças bem guardadas
Enquanto eu me perco
Tu me recordas
Lamentas e inventas
Enquanto da minha cadeira
Eu viajo para mundos incertos
Tempestades risonhas
Olha pah.? Eu te chamo, sem obter resposta plausível, questiono esta mente ridícula
E pergunto! Porque encravas-te meus sonhos
Mais ridículo entre o pensamento vazio
Que se expande meu ser refutado numa cadeira inútil para pensamentos
E enquanto penso deixo de agir
E deixo a realização para amanha para outros talvez
E reclamo o pensamento que ocultei e deixei para alguém realizar
E mais estúpido do que um pensamento deixo abrir a porta
Prometendo que amanha sim serei o que quero ser! Enquanto alguém esconde a vergonha que sente de mim
Eu me atiro a água vestido para lavar a roupa rasgada que carrega meu corpo
Te associo ao passado sem nunca teres feito parte dele, que me reconhece um sem futuro decadente
Só já o vento me consola mesmo quando me tenta irritar tentando apagar o cigarro que já por mim não consigo acender
Será que o vento não tem mais que fazer? E me obriga a pensar!
Ela deambulava pela rua e ele suspeitava da janela que bastava um suspiro para ser descoberto, a vida era arena, o céu cinzento e o sorriso esperava sem uma única palavra. Ele a olhava e ela sentia esse olhar que escondia como se fosse a única coisa real do seu dia, aquela hora daquela janela sem se ouvir um único som duas almas se cruzavam num infinito de emoções num infinito de contradições e o mundo girava.
Enquanto a voz que em mim vive procurava uma forma de se fazer ouvir, um grito distante que estremece a terra! o solo onde coloco meus pés descalços pelo pó que me cega carregado de injustiças.
Ele se debruça a varanda cai! Ela se assusta e foge pensando que junto a ela! (pessoa ou varanda) qualquer, ele cai e a suspeita também!