Rogo para que me recebas
Em teus domínios sagrados
Bento meu corpo
Para ser digno do teu solo
Entro em tuas portadas
Trazendo a humildade
Aceitando tua condição
Liberto o odor do meu coração
Em tuas nuvens feitas de sal
Honro a tua existência
Bafejando amor
Ilumino teu tecto com simplicidade
Sacudo os pés da transgressão
Trago a água da vida
Para com ela construir
O rio da amizade
Para nela os pastores da noite
Se deitarem em aconchego
Solto as pombas brancas
Em sinal de paz
Abro os braços
Para te receber
Em novo começo
Os primeiros passos são dados
Teu apúlio e crucial
Violinos dão as primeiras palavras
A estrada erige o primeiro piano
Liberdade é cantada
Em ventos trazidos do nada
A pouco e pouco começo a respirar
O amor que circula
Num dia que passa devagar
Transportando recordações
Lembranças pavimentadas
Em pinturas de pincel
Lição que começou
Saber perdoar
Muito tempo para mudar
Para querer voltar
No silêncio chega de renovado
Para sentir o amor
Voltando a casa sem pensar
Deixando a luz iluminar e encontrar
Podendo enfrentar todas as coisas
Que te quero dar
pela vida em seu novo luar