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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

faça o favor de ser feliz


Se a memoria não me falha nesse medo de te perder um dia esse amor que em você encalha, Nas evidências de essa alegria na espera Dormindo ao relento de quem em mim passa. E se hoje sou o que és Amanha, serei tua voz também no amor em mim entregue Queda de água Que me leva ao teu encontro. Lembra de nos? Dos momentos perdidos dos pequenos sorrisos dos medos vencidos, despido em folhas de Outono espalhadas por um corpo teu Desfolhadas Desgarradas essas tuas e minhas silenciosas Palavras
O agora que ocorre Em vidas separadas em esquecidas madrugadas que te encontrava ao primeiro abraço. Mas a noite cai e você já não vai mais se minha paz traz essa saudade que me brilha e apraz você já esta longe nos braços de outro alguém No agora que ocorre Em vidas separadas Em esquecidas madrugadas Em que te encontrava ao primeiro abraço E agora não encontro mais.

P.S: faça o favor de ser feliz.


Coragem

 
 
 
Ao toque da flauta
No principio que se espalha
Quem me vê
Quem me pauta
Agora que sim
Que você me disse não
Na coragem
De me ver sorrir
Após de tanto me ver chorar

Custou mas foi
Você teve coragem de me dizer
Sabe eu te estou amar

Agora já não é mais segredo

Te faço ser actor
Vamos olhar nos olhos, e falar a verdade, então não estaremos actuando. Falamos do amor, da justiça. Batalhar pelo povo, abrir caminhos, vender sonhos.
Vou contar um segredo
Diga!
É que as vezes o amor nasce em flor
Assim como eu nasço para a semana como nova forma de amor
Nasço na semana em forma de flor
E que as vezes o amor se esconde na dor
E eu nasço entre eles desflorando
Abrindo os olhos ao amanhecer
Agora já não é mais segredo, tens dividido comigo, somos em dois um, segredos no desfolhar da pétala se abrindo...

Diálogo entre Marujo e olhos de agua

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Eu estou aqui




Entro por sua porta
Mesmo sem ter o convite
Subo suas escadas
Tento lhe falar
Mas você nem me ouve
Não me responde a meus apelos
Ferida pela paixão
Você se joga ao vento
Voando em asas que você própria criou
Eu sussurro
Eu grito seu nome
E você me vira as costas
Eu choro, eu imploro
Mas você já nem escuta o som
Aquele som que você tinha no coração
Eu colho das flores
Aquelas que você cuidou
E te entrego minha plantação
Enraizada na próxima vindima
Nas uvas do amor
Me transformo em abelha
E sugo sua flor
E fica assim amor feito mel
Em seu doce beijo meu doce paladar
Será que agora
Você pode
Você tem
Tempo para me escutar?
Eu estou aqui


Essa pequena palavra




É, solta a palavra sem destino
A palavra em mim encarcerada
Solta em um beijo, ainda molhada
É, solta na chegada, caminhada sem retorno

É, solta a palavra
Que conta a vida por mim encarada
Na dor que só é dor
Até mudar a palavra e escrever amor

É, solta a palavra
E se no meio de tanta palavra
Eu não acertar em uma única
É porque não retive a palavra amar
É porque não tive coragem de soltar
Aquela grande palavra
E entre uma e outra palavra
Tu bem sabes que sempre
Usei a palavra amar

Por isso te amo
Pela palavra
Pelo sentimento
Que ela entoa
Pelo testemunho de essa palavra
Escrita da alma
Eu te direi sempre em palavras
Sentimentos escritos no coração
Com ternura e paixão
E sempre soltarei a palavra em frase
Sabes meu amor só a ti sei dizer
Essa palavra
Essa pequena palavra
Amar

Tenho noite pela noite



Tenho a noite para mim
Como uma criança sem fim
Que caminha sem medo, ou dor
Tenho noite pela noite
Como quem quer crescer
Tenho a noite como quem por ti quer acordar
Numa noite após noite, como quem brinca

Tenho a noite no beijo, no abraço que ficou por dar
E na noite após noite dou por mim teu nome a chamar
Numa voz sem fim entre essa noite e teu eterno luar
E sem fim na noite negra, te peço a alma
Para em ti ficar, se a noite em teu amor me quiser

Tenho a noite para mim, como o sol para ti
Em cada anoitecer a teu lado
Na água viva
Na palavra sentida
Na mão na mão entre teu corpo em noite inverna
Noite de coração
Abraço de paixão
Onde quero junto a ti crescer
Na noite a teu lado viver
Saltando de noite em noite
Até ao dia morrer

Tenho a noite em mim
Em teu, corpo meu
Essa noite em tua face
Que brilha pelo leve momento
Onde eu quero entrar
Onde eu quero estar
Habitando esse teu flanco
E pela noite noitinha
Te sussurrar
E de noite eu estou amando
Mais um dia te amar

Contemplando tuas estrelas



O vestido branco
Ainda cobre esse teu corpo nu
Acalentando minha esperança
Lembrança presente
De teus longos ombros
Abraçando meu corpo
Vestido de pecado

As memorias que guardastes de mim
Pintadas em óleo
Acesas ao primeiro toque
Desenha cada traço nosso
E de olhos fechados
 Pintas a cor no mais belo espaço
Em uma galáxia vazia
Fazes as vénias ao amor
Defumas a dor
Entregando seu caixão
Queimando uma nova paixão
Sempre que do céu a terra voltas
Para entrar em teus aposentos

Perduras em cada nota solta
Qual harpa entoada
Nas mais belas melodias
Ao encontro do amor

Teu arco perfeito
Numa cintura desenhada
Para viver
Tocada em cordas imperfeitas
Por mãos onde os dedos
Te querem tocar

Pelo desejo
Pela paixão
De te ter
E em ti ficar
Mais uma vida
Mais uma noite
Contemplando tuas estrelas
Unindo dois corpos
Para se amar na esperança
De um novo dia
Onde no mundo se voltara amar

Carta - me envie meu anjo


De, marujo das Palavras

Alguém me falou das coisas simples da vida, da vida simples de um momento de carinho, de uma paixão por viver. Alguém me falou das ondas do mar, entre a lua e seu luar brincando de amar. As pequenas e eternas coisas da vida uma sopa quente para aquecer o inverno, um chá gelado para arrefecer o verão, um beijo de amor para colorir a primavera, o largar das folhas de Outono para deixar um simples olhar. Alguém me falou de você, Olhos de Agua entre sua partida entre sua chegada que ainda guarda minha palavra meu amor entre minha cor por colorir. O retrato esta pronto, me envia meu anjo em asas abertas em sonhos por sonhar, me envie meu anjo, para que ele me conte historias para dormir, historias de encantar e que ele brinque em meus sonhos. Me envie um anjo nos ventos da mudança no céu da esperança, me envie o beijo por cobrar entre as dívidas que devo ao amor.
Eu cavalgo por entre os verdes campos lado a lado com os cavalos brancos da salvação. Me envie meu anjo para me falar ao coração para junto a mim construir uma nova sensação, um começo sem fim, um inicio de mim no renascer de novo entre o sol e a terra que brota meu pranto. Me envie meu anjo para junto além caminhar a beira-mar, de pés descalços no rio de nossas almas nas trepadeiras da felicidade nas plantações de amor, colhendo paixão em flor.
Me envie meu anjo, minha, olhos de água porque me envia a metade de mim perdida me envia minha vida. E deixe ele em meu corpo se deitar e me falar das coisas simples da vida.

                                                                                                Para, Olhos de Agua

Carta - Esperança


Teimo em escrever-te, porque meu coração diz que ainda me amas, e assim quero acreditar. Deitei na relva verde e contemplei as nuvens em formação. O sorriso emoldurou minha face quando vi a gaivota rasgar o céu azul. Doces palavras tuas sussurrando em meus ouvidos, tão reais, fazem-me recordar os poemas que tecia em nossos momentos de amor. Sinto o aroma das uvas, vinhedas em temporada.
Decidi, vou fugir daqui, mesmo sem ter o rumo certeiro, sou péssima com mapas, você deve lembrar. Por certo que sim, quase nos perdemos nas grutas, tudo teimosia minha. Queria mostrar a ti, que eu sabia guiar... sempre foi você a guiar os passos meus, e novamente, graças a tua maestria conseguimos sair da caverna, bem a tempo que nossos cantis de água mostravam-se secos. Coloquei nossas vidas em perigo, ainda hoje me culpo por isto. E você, em sua paciência invejável, nem me repreendeu, fez graça até.
Estou a escrever-te, marujo meu, marujo das palavras acalentadoras. Marujo que navega em altos mares. Marujo que entrego minha vida. Escrevo-te, por que estando de partida, rumo em busca da trilha que disseram levar ao ponto que me encontraram. Ainda não sei como se dará. Minha esperança é que agora, com a memória reavivada, consiga retornar ao nosso ninho.
Sinto tanta falta tua. O silencio me é assustador,  os fantasmas vem roubar-me o sono, já não consigo mais sonhar. Tua companhia me faz nas alucinações constantes que tenho em meu dia. Anseio por te encontrar. Temo pela tua saúde, temo que se esqueça de mim, temo...
Tenho me guardado, e se porventura não puder  mais entregar meu corpo a ti, saiba que de mais ninguém serei. Foi você que me transformou em mulher, e apenas tua  me permito ser. Hoje meu corpo arde em chamas, e como clama o corpo teu em mim. Estou febril, é saudades. Tremo só de pensar que poderemos nos tocar novamente. Como anseio por este momento. Vou seguir a memória, rastrear o cheiro do teu fumo, ouvir a melodia de tua musica. Cante mais alto, marujo meu, grite. Mas se para minha infelicidade, já me esqueceu, saberei que teu silencio será minha resposta. O silencio cortante de minha alma e de minha esperança de viver.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Carta - escutando o silêncio




De Marujo,
Estou escutando o silêncio do amanhecer, entre o orvalho que regela o corpo, olho o momento na esperança que você esteja bem, em minha face escorre as lágrimas da saudade, não te pode proteger as súplicas que supliquei afinal eram súplicas suplicadas pelos dois.
O caminho está pronto, a vontade é enorme, se aguente eu estou chegando com a legião do vento, velejo rápido, as gaivotas me guiam se eu questionar sequer o caminho.
Tenho sentido dores terríveis a idade já não me perdoa. Será que ainda me queres?
Depois de tantas tempestades encontro e desencontros sem o tempo parar, ainda saberemos nos reconhecer? O beijo, o cheiro, o toque, o olhar. Saberemos nos ultrapassar tanta dor
Gerada por um amor proibido.
Levo a velha guitarra, pois sei que ainda sentes seu som, levo os pássaros para junto a mim cantar, sonata que é tua composta em teu corpo na melodia das tuas cores.
Reconheço que talvez tenha feito pouco por entre o muito que fiz, lamento nem sempre ter tido forças, mas a vida é inconstante e nos tira muita razão nos abraçando em sofrimento.
Lembro o dia em que bebemos o vinho da felicidade  em corpo despido dançamos na rua nas chuvas que ha nos se juntavam, como dançavas! Sorrias sem parar, e eu parava, parava apenas para te olhar e ficava ali como se tudo parasse em nosso redor como se tu fosses o tempo da vida, o mundo em meu redor, e eras vida em mim, amor de mim que jamais irei esquecer.
O tempo que corre e de apenas fumo de paixão, que desvanece rapidamente, o amor evolui mais devagar sem fumo sem avisar.
Ainda te procuro, ainda te espero, e voltaremos a nos encontrar, e voltaremos a nos abraçar, como flores atiradas ao mar.

                                                                                                              Para Olhos de Agua

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Apenas disparei

Apenas disparei
Perdi a razão
Perdi a noção
E disparei
Todo meu ódio
Carregado em uma arma
Apenas disparei minha raiva
Matando teu amor
Me tornei animal
Deixando de ser humano
E sim eu  matei
Assassino
Matei um amor
Transformei alguém em dor
E em mim me aprisionei
Fui condenado
Fui libertado
Mas já não era mais eu
Me libertei da raiva
Deitei fora arma
Enterrei o ódio
E pedi perdão
Mas você estava
Cravejada de balas
Em cada uma delas
Contendo meu ódio
Minha raiva
Eu me libertei
Matando você
E me matei
Perdendo você

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

eu apenas voltarei


Tudo chega pela mão do tempo
Corações agarrados pelo momento
Em que não me encontro aqui neste lugar
Onde me perco num amor que só em mim existe
A Cadeira está vazia
No copo meio cheio
O cigarro apagado
E a boca vazia
Pelas palavras que se perdem na saliva
Tudo isto e triste
Tudo isto errado
No lamento
De não saber o que fazer
Sempre que estou do outro lado
Da miragem que criei
Para te inventar
Não tenho essa razão
Ancorada no coração
Que flutua pela emoção
Que ainda não vivi
O amor lá esta
Naquele lugar
Naquele cantinho
Que reservei para quem a mim chegar
Só eu procuro
Tudo este parado
Quando verto as lágrimas
Da incompreensão
Ai, malditos
Ai, malditos
Que me fazem
Querer deixar de amar
De acreditar que é possível esse sorriso
Meu parapeito já não mais me segura
Me deixou tombar
As feridas foram muitas
Cicatrizes para toda a vida
Onde esta você agora
Onde estou eu nessa hora
Em que deixei de acreditar
No amor
Onde esta você agora
Onde estou eu nessa hora
Que me entreguei na dor
Mas será breve no breve momento
Em que o tempo
Me traga de novo uma razão
Um pequeno lugar
Para quem quiser voltar amar
E eu apenas voltarei
Voltarei em forma de amor

Segue esta carta




Marujo das Palavras

Nesta alva folha de papel hoje tinjo com lágrimas de saudades que escorrem plenas em minha face. Outrora você recolheu as lágrimas dos meus pensamentos, e com  sapiência e ternura as transformou em diamantes de esperança. Como sinto falta de ti! Ensinaste-me a navegar pelas tortuosas vias que minha inconstância teimava em mostrar, fui tua aprendiz. E como estava crescendo sob o teu olhar. Aqui longe, caií, perdoa-me. Busco em meus devaneios tuas palavras ainda nebulosas. O medo de nunca mais te ver, cega-me o passo a frente. As melodias, tuas perfeitas melodias feitas em prosa e paixão, desenham o meu caminhar.
Ando vagando pelas trilhas no bosque, procuro as árvores primas daquelas que nos acolheram nas tardes de outono. Ao longe vi uma casinha de sapê, a chaminé denunciava que o amor a nutria, o cheiro do pão resgatou nossas aventuras. Lembra quando inventamos de cozinhar juntos pela primeira vez? Nunca vi tanta farinha ao chão! Foi o mais saboroso pão que já provei, amassado a quatro mãos, assado no forno com as lenhas que cortaste.  
E a frustração de acordar na realidade corta o peito. Quanto mais terei suportar longe de ti! Vagueio pela praça gritando teu nome, contando fragmentos da nossa historia que me devolve a memória. E mesmo sendo considerada louca, é nesta minha insana loucura que te encontro, alucino. Até ontem eram apenas meus pensamentos presos as lembranças ressurgidas, hoje comecei a entrar na nebulosa fantasia criada pela dor da tua ausência, te vejo por todo lugar. Tua face está desenhada nas estrelas, te encontro entre as Três Marias, sorrindo pra mim. Nesta tarde lancei meu corpo ao lago da cachoeira, vi teu reflexo me chamando... mergulhei fundo e por instantes senti você ao meu lado. Em minha vil loucura tenho abastecido o corpo para a realidade de tua ausência, mas não sei até quando irei suportar. Estou com medo, preciso muito uma resposta tua. Já começo a duvidar de mim, se o que estou lembrando realmente vivemos, ou você não existe, sendo apenas fruto da imaginação, ilusão de uma desvairada errante.
Segue esta carta, do mesmo modo que as anteriores, sem endereço certo, levada pela força do amor que nos uniu um dia e numa estranha certeza de que ainda lembras de mim.

 Olhos de Agua