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sábado, 11 de junho de 2016

assassinato

Por agora faz chuva la fora, apenas chuva onde o sol se esconde entre as palavras dos outros. Pequenas gotas de água trazendo lembranças de um princípio sem fim até ao sol voltar a brilhar. Só queria poder lembrar porque todos se esqueceram que são capazes de amar fazer a chuva passar, acalmar o mar, abrir o horizonte sobre o mar abrir a janela, e respirar o ar quem em ti tentam guardar saltar pular de telhado em telhado quebrar o céu gelado, tocar a pele na pele sobre a janela que me faz viver, no desejo que quer querer saber se a flor é flor ou pétala em flor da pele, um sinal do juízo final, uma porta aberta mais um ferido; assassinato suicídio, amor bandido de um dia despedido da saudade fria para recostar, camas divididas almas perdidas, em sentimentos amordaçados em que chuva volta a incomodar. Por agora é vazio la fora, entre os cães que tudo devoram, entre fantasmas na estrada, espero que alguém me liberte o coração no meu cansaço quando meu corpo tombar, e ninguém seja deixado para traz neste sonho de acordar agarrando a mão da vida dos olhos quebrados. Quero amanhecer na alvorada dizer bom dia a canalhada, dizer adeus a escuridão como amigo e descansar os sonhos no som dos silêncios

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