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domingo, 23 de novembro de 2014

Soltando o dia vestido

Não sei que horas são no parapeito do tempo
Na pulsação do coração
Entre o sangue que pulsa
E o tal julgamento final
Não sei o rumo
Do barco solto entre o presidio
Chora sem chorar
Por um olhar embaciado em qualquer janela
Atingindo o inimigo no limite do perigo
Soltando o dia vestido
Na saudade que quer ressuscitar
Na estrada que me leva a qualquer lugar
Não da para tentar
Entrar na porta já a fechar
No ranger da madeira do tempo
Que distingue um olhar
Não da para acenar
Mas chamem-me
Para la do fumo do cigarro
Que pretendo acabar
Não dá para abrandar o coração
Acorrentar a respiração
E soltar o tumulto
Da corrente da alma qual vulto
E suspirar, suspirar
Que o amanha se erga mais novo
Pela mão da velhice
Do tempo sem tempo

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