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domingo, 23 de novembro de 2014

Estrela caída

Estrela caída gomo perfurando em meu peito
Leito da nascença no presente em morte
Homem caído entre passos de gigantes
Aguas cintilantes inundando o profundo do ser
Alma eterna em corpo desvenerado
Agarrado pela ponta dos dedos a vida temporária
Sedente de um beijo ou abraço verdadeiramente vivo
Pelo o eterno do homem nascido da mulher
E nesse recanto sem vida
Onde a morte acena ao poeta
Nasce o poema, o poema vivo
O poema saudade e a verdade de um ser
Nasce o querer nas palavras soltas
Entre os ventos folheados
De um peito aberto
De um poeta discreto pelo dia que termina
Nascem flores
Cantam amores
Nas vozes aceleradas
Apregoadas como liberdade para a alma
Agua viva
Na sede do poeta
Poema despido ladeado nas garras efémeras do Adeus
Mundo cruel despido de fel
Sem norte ao sul
Se ergam as muralhas caídas
E a tinta se jorre nas paredes do coração
Porque nasceu mais um poema
Nas entranhas da terra
E morreu mais um poeta
Nas proezas do inferno teatral do sistema aleatório
Na face que jorra por entre o sorriso
A ultima das lágrimas
Lançada ao deserto em flor
Numa ultima tentativa de ver um rebento nascer

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