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terça-feira, 11 de março de 2008

Altar da Vida

Quando acordares
O dia é diferente
Mas estarei Para te apoiar
E se o dia não vier presente
Podemos subir as laranjeiras da incerteza
Toda a gente cai na primeira semente
E de volta já dormente
Correr no tumulto
Num raio de luz ardente
Em círculos feitos de cor
Acarinhados em flores
Coloco minha capa negra
Canto a minha meninice
Mas não tenho a certeza
Se a viúva te causa tristeza
Mas és tão linda flor camponesa
É que a vida tem mau feitio
E não separa o joio do trigo
Mas quando o dia nasce em firmamento no trabalho
Tuas pétalas crescem com desejo
Perfumando nosso beijo
Em cada momento que não me contento com teu olhar
Que derramam pequenas lágrimas de orvalho
Soltas palavras que beijam
Há muito aprisionadas na alma
Que acabam com um sentido
De Aprisionar meu peito com encanto
Não reclamo pois atendo meu fado
Num sonho que é meu
Em que a busca é nossa
Sou estátua em tua rua
Embriagado da tua vinha
Sou vagabundo num banco de jardim
Que tu floreaste com amor
Fermentando toda minha solidão
Esfaqueada por teus espinhos
Rasgada para se abrirem as janelas
Do olhar de cara lavada
Com uma mão certeira
Com autoridade para modificar
Para me trazeres de novo ao altar da vida
Levantando os cálices
Para o brinde final
E era bom!



Sexta-feira, 1 de Fevereiro de 2008
15:21 Filipe

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