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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Agora que te aprontas


Posso sentir a chuva
Agarrar o cabelo
Perto do que antes estava longe
Desnuda em alma
Tentando agarrar o vento

Ser o toque
Em uma possibilidade que foge
Se eu não consigo sentir esse respirar
Nas asas que não são minhas

Agora que te aprontas
Retardando o sol nascer
E vida escasseia por um tempo indefinido
Onde a procura apenas retarda o nada

E o cabelo se solta
Qual criança perdida
A corda se quebra
E o vento fica mais forte

Qual garrafa sem rolha
Guerreiro sem armadura
O sol se amostra
Onde o olhar se esconde

A vida em si
Que cresse lentamente
Guerreando por um lugar
Onde o destino se comprometa
Regulando a distancia

Quem te acolhe por agora
Onde o mundo se esvanece
Na razão que foi trocada pela demora
Entre esse passo que envelhece

Seja a primavera ceifada
A última colheita
Em que meus olhos se abriram
E teu corpo se despiu
Ate a próxima alvorada




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