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sábado, 14 de julho de 2012

Será bem-vindo um sopro no coração



A uma bandeira que iço quando não há vento
A um buraco na alma de poeira
Um barco ancorado cada vez que me desalento
 Sempre uma borboleta que se prende em uma teia

Uns olhos que choram
Uns olhos que não vêem
Uma dor de fome
Enquanto eu puxo o gatilho
E tu me secas o dia de amanha

Uma travessia no deserto
De milhares de km
Onde a chuva nos inunda
Sem um grande guarda-chuva
Alguém me traga um guarda-sol

Cada movimento
Cada passo
Uma voz que chama
Uma criança que clama
A cada momento
Um sonho para sonhar

Um sorriso por dar
Um aperto de mão
Alguém para amar
Uma nova sensação

Porque a vida não tem razão
E em cada segundo
Será bem-vindo um sopro no coração
Que nos faça girar
 Mundo!
Tens muito para amar

Nessas rosas do deserto
Vermelhas do sangue derramado
Ao corpo incerto
De um homem amarrado
Pranteia e sobre teu pecado chora




  



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