A uma bandeira que
iço quando não há vento
A um buraco na alma
de poeira
Um barco ancorado
cada vez que me desalento
Sempre uma
borboleta que se prende em uma teia
Uns olhos que choram
Uns olhos que não vêem
Uma dor de fome
Enquanto eu puxo o
gatilho
E tu me secas o dia
de amanha
Uma travessia no
deserto
De milhares de km
Onde a chuva nos
inunda
Sem um grande guarda-chuva
Alguém me traga um guarda-sol
Cada movimento
Cada passo
Uma voz que chama
Uma criança que clama
A cada momento
Um sonho para sonhar
Um sorriso por dar
Um aperto de mão
Alguém para amar
Uma nova sensação
Porque a vida não tem
razão
E em cada segundo
Será bem-vindo um
sopro no coração
Que nos faça girar
Mundo!
Tens muito para amar
Nessas rosas do
deserto
Vermelhas do sangue
derramado
Ao corpo incerto
De um homem amarrado
Pranteia e sobre teu pecado chora
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