Seguidores

domingo, 27 de janeiro de 2013

Rasuro essa forma de te olhar



Quem me faz o que sou?
Pela noite que me acolhe!
Que me desarma;
Entre o abraço, quem me levou

Se o sol assim nasce
Quem brilha em mim
Nas noites sombrias
Tumultos e súplicas
Onde a dor entre com todo esplendor

Quem escuta por escutar
Içando seu ouvido
Contemplando as cores
Desertas entre tantas outras

Linhas discretas
Que descrevem o eu de ti
Sorrisos escondidos
Entre portas e mais portas secretas
Labirintos por revelar

Entre o abraço
E o leve toque de uma mão
Amanhece meu corpo
Estremece teu desejo
Carente homem morto
Sem jazigo em perigo
De agarrar o vento
Lento entre ti
Apenas o pensamento
De quem fui
Ao te ver

Do que sou ao te rever
Invento de novo
Essa caricia rosada
Desminto que em esquecimento
Esqueci no agora quem me retorna

Rasuro essa forma de te olhar
Abrindo apenas um pouco mais esses olhos
Meus olhos que se teimam em fechar
Abro uma nova morada
E deixo deixando simplesmente
Esse teu, vento teu entrar






Sem comentários: