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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Histeria





Histeria

Arre! Porquê me iluminas o coração ao primeiro raio solar? Levando minha alma silenciosamente a se retirar sem qualquer cólera! Bem devias saber, que não saio a rua pelo receio em que de mim receia ser receado, então recearei também os outros! Há esses passos que então na minha mente me enlouquecem, principalmente o silencio sim o silêncio dos loucos que atravessam meu passeio sem uma única palavra. Quanta loucura sim! A minha loucura, sim! E a tua também, porque será que todos somos loucos? Insanos na hora da covardia que nos fica sorrindo, brincando aquém de qualquer entendimento, essa covardia sem qualquer Histeria!


O grito se solta como apupo das massas entre a calada da noite, sombria destilaria que nos embute no inverno gelado entre nossos corpos ainda por vestir. Mãos tenras levadas a face com caudal violento, terrivelmente violento! Entre as pernas que desejam correr e não se podem mover, lareira que se acende de tanto apagar confortando os naufragados entre a pouca lenha existente para tantos do povo ser consolado! Submissos aos Deuses sem nome, de uma existência ambígua, os sem ser dos que prometem e não cumprem! Delinquência banal! Eis a jangada construída para naufragará a árvore que não cresce entre a semente que se empurra terra adentro descendo, descendo ao encontro do pilar do Mundo numa tentativa de voltar a nascer.
Este meu quarto arre sem janela, bem pior que uma cela de prisão com janela nesta visão que me adentra a alma, que se apresenta qual magia me deixando a porta aberta para algo bem secreto em minha intimidade revelar, mas não consigo querer entender, na ressaca que alma em meu corpo causa em cada viajem!



Tu não entendes, não queres entender e eu não te dou sequer a entender este meu entendimento, dos dias que me atormentam e as noites que me libertam, coração que não me nega que é bem melhor uma janela de um quarto do que um quarto sem janela. Nessa tua astúcia ridícula, ridiculamente escura, espinhosamente cheia de luz onde a ferrugem e a traça tudo consome em alguidares de vinho que não abriste, e ao abrir ensopia minha garganta com a borra borbulhante me fazendo rir de teu semblante de inquietação! Desse teu vazio sem sentido! Sabes ao menos quem és? O que és? Ou apenas te ignoras fugindo de ti como um barco que apenas rema em volta de uma Ilha! Como podes fugir de ti? Liberta-te e me solta, larga-me a mão! Segue por aí sempre em frente, sempre em frente! E não me deixes indo, indo, indo para este jazigo doente, pois ainda não me foste apresentado!




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