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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Em cada curva

Estou sozinho
Entre a chuva
Sem faces no chão
Inicia minha corrida

Pela vida
Parado na ponte em vão
Procurando alguém
Que me tire desta maldita
Noite fria
Alguém pode tomar minha mão
E me levar algum lugar
Para me despedir desta humilhação
Quero chorar e minha alma surrar

Neste mundo que se parte em dois
Meus olhos brotam espinhos
E já não avistam canteiros no meio das flores
A estrada se estreita neste mundo que não se endireita

Quebrarei a porta
Serei caçador
Ou simplesmente nuvem sem sabor
Sem cores ou clamores

Matarei todas as dores
Pelas calçadas
Abrirei janelas apertadas
Quebrarei barragens
Entre as almas aprisionadas

E serei noite sem fim
Sozinho em mim
Caminhando pela chuva
Desta vida que nunca
Será fácil em cada curva

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