Mãe afinal quem me deu a mão
No primeiro arranhão
Quem largou a morte
E nos lançou neste lugar sem sorte
Afinal quem estava dentro de mim
Saindo da minha própria alma
Sem o vento da dor
Relaxando apenas num olhar
Afinal meu único amor
Ouviras meus balões de ar
A rebentar sem reclamar
Pisando as uvas das vinhas do amanha
Afinal confortavelmente ocupa minha cadeira
Com um sorriso onde a ternura perdura
E eu prego as tabuas em nossa morada
Sem que o alento te seque
Afinal era tudo um acreditar
Um sonho para sonhar
De um poema
Que teimo em não acabar
Afinal tu és vida em mim
E tu vida em mim
Sempre que me torno criança
E faço birra a chorar
Afinal tu eras o luar
Que eu não sabia agarrar
Confortavelmente e sem reclamar
Tu caminhavas sobre o mar
E me abraçando me sussurravas ao ouvido
Para sempre de ti vou cuidar
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