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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Espada da divisão

Mais um dia que passa
Entre a clareira entreaberta
Hoje acaba uma etapa da minha passagem
Amanha começa uma nova etapa
Escrita nos rolos da salvação

Desconheço meu caminho,
São as noites sem dias que o diabo guardou em mim
Não há anjos nem santos
Quem me afastem o cálice do veneno

Nada é certo nesta vida incerta
Chamo a morte para entrar em meus aposentos
pago com a alma mais um momento na vida
Não me entrego nem me rendo

O salto é longo, às pernas curtas
Mas aprendi a voar nas asas do passado
No caminho marcado nas cicatrizes
E perco meu nome pois dele não preciso

No espírito elevado entre a terra e o mar
No louvor da palavra santa
Dobro meus joelhos no pó
E bebo da água da vida

Na trepadeira das sombras,
Ao encontro da agua que reflete a face do amor
E entre flagelos e torturas e pés cansados
Entrego as asas de serafins anjos caídos

Entre amores lembrados
Entre sorrisos disfarçados em lágrimas
Em testamento deixo
O tabernáculo da alegria

Espada da divisão
Que não traz amor
Nem odio
Mas escolhas.

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