As árvores crescem sem raízes
Os pés enraízam os passos
Em todos os corações com cicatrizes
Em todas as vozes dos cansados
A terra grita
O céu estremece
O corpo que se debilita
Na alma que carece
Selvagem momento
Sem alento
Se roga ao tudo
Em que o nada esta presente
O fruto podre do ventre
O cálice de veneno
O destino ausente
Trazendo mais um segredo
Numa gota de água
Transparente
Na esperança que o coração
Se abra
Numa brisa destinta
Onde o rio possa correr
Para o imenso mar
As almas possam contemplar
Um novo dia amanhecer
Onde o pranto e a dor
Sejam apenas
Memorias, memorias
Memorias já esquecidas
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