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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Mesmo com medo

Mesmo que seja um estranho atrás de uma muralha
Não tenho que partir ou voltar
Mesmo que queira meu coração doar
Não tenho que amar um novo luar

Não tenho que querer
Sentir ou recorrer
A uma ideologia
Para me segurar

Mesmo que o barco queira afundar
Eu posso remar
Eu quero remar
E agarrar o coração do mar

Mesmo que tenha que ir
Não me podem obrigar a ficar
Nesta falsa fé
Sem meus joelhos para me manter de pé
Mesmo que tenha que perder
Não quero falsamente recorrer
A um corpo gelado para me abraçar
Mesmo que não possa vencer a morte
Posso vencer a vida

De quem já nada teme
Mesmo com medo
Eu sou quem me faz sorrir
Nesta estrada por descobrir

Mesmo que seja um estranho atrás de uma muralha
Não tenho que partir ou voltar
Mesmo que queira meu coração doar
Não tenho que amar um novo luar

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