Por vezes somos tão fracos
Que nos tornamos inimigos
Fartos de tanta fartura vazia
Que nos deixa sem sentidos
Qual ponteiro de um relógio
Que não para e dispara a cada segundo
Rodeado de barulhos ocultos
Mesmo quando meu corpo já não usa a roupa suja
Que não mudo
Na lama de meus olhos
Nos cheiros fortes e ao mesmo tempo triviais
Que se espalham turisticamente
Pelos canaviais da minha mente
Me tirando a vontade
De agarrar historias
Belas, sofridas ou de amor
Que me deixam pleno de saudade
Das derrotas apos vitorias
De melodias vibrantes
Entranhadas em meu corpo
Que me faziam doar
Entre terra e o céu
E no mar salgado adormecer
Sem medo de me afogar
No universo que é mais forte do que eu
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